Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 18:10
Enquanto milhões de trabalhadores informais aguardam a análise para o recebimento do auxÃlio emergencial de R$ 600, o Ministério da Defesa identificou que militares vinculados à pasta receberam o benefÃcio durante a pandemia do novo coronavÃrus. Em nota, o ministério informou que iniciou uma investigação para apurar possÃveis irregularidades no processo. Não foi divulgado, no entanto, o número de envolvidos no caso.
"O Ministério da Defesa informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxÃlio emergencial concedido pelo Governo Federal no perÃodo de enfrentamento à pandemia do novo CoronavÃrus, por integrantes da folha de pagamentos deste Ministério", diz a pasta em nota.
A Defesa informa, ainda, que "a referida folha de pagamentos é composta por militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados". "Já estão sendo adotadas todas as medidas necessárias à rigorosa apuração do ocorrido, visando identificar se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário e as demais considerações de ordem administrativo-disciplinar, como necessário", afirma outro trecho do texto.
Nesta segunda-feira, 11, durante audiência no Congresso, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, destacou que 50 milhões de pessoas receberam a primeira parcela do auxÃlio emergencial até o momento. Outros 17 milhões de brasileiros devem ter uma resposta até esta terça-feira, 12, sobre a solicitação para recebimento do benefÃcio. Cerca de 30 milhões foram consideradas inelegÃveis por não preencherem os requisitos exigidos pelo governo.
Para receber o benefÃcio, o trabalhador precisa ter renda mensal de até meio salário mÃnimo por pessoa (R$ 522,50) e ter renda mensal até 3 salários mÃnimos (R$ 3.135) por famÃlia. O beneficiário também não pode ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
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