Politica

Bolsonaro adia veto mas garante: "Vamos atender 100% o Paulo Guedes"

Na última semana, ministro da Economia pediu ao presidente para que reajuste salarial a algumas categorias do funcionalismo público fosse vetada

Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 20:00
Na última semana, ministro da Economia pediu ao presidente para que reajuste salarial a algumas categorias do funcionalismo público fosse vetadaO presidente Jair Bolsonaro garantiu que até a próxima quarta-feira (13/5) vai vetar o trecho do socorro a estados e municípios que permitia o reajuste salarial a algumas carreiras do serviço público. O chefe do Executivo federal afirmou que vai “atender 100% o Paulo Guedes”. Na última semana, o ministro da Economia pediu publicamente para o mandatário manter o congelamento salarial do funcionalismo público até dezembro de 2021, previsto inicialmente pelo governo federal como forma de aliviar os cofres públicos devido à pandemia de covid-19.

“Conversei com Paulo Guedes de manhã, a Economia está trabalhando na questão dos vetos. Vamos atender 100% o Paulo Guedes. Tivemos alguns pedidos que não foram aceitos. Teve pedido de tempo”, comentou o presidente na noite desta segunda-feira (11/5), em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro disse esperar uma compreensão por parte do funcionalismo público. “O servidor público, a grande maioria é consciente, sabe que se a economia não recuperar, não vai ter dinheiro para pagá-los. Não adianta ter um contracheque bonito, com números vultuosos, bônus, e vai no banco e não tem dinheiro”, analisou. 

“Essa crise pegou o mundo todo e o Brasil não ficou livre disso. Mas é o que o Guedes tem dito. Já ajustou a questão da Previdência, a questão dos juros. Menor Selic da história. Os juros a longo prazo, que interessam para a gente, também caíram bastante. E está faltando dar uma equacionada no pagamento do servidor público. Até 31 de dezembro do ano que vem, caso seja mantido o veto, não temos mais quase nada q fazer a ajuste da economia. A não ser desburocratizar e desregulamentar. Isso ajuda a facilitar a vida de quem quer empreender no Brasil”, acrescentou Bolsonaro.

Saiba Mais

Segundo ele, foi preciso adiar a assinatura do veto devido ao pedido de alguns governadores. “Quando se veta uma coisa, se mexe em muita coisa. Essa é a dificuldade de se fazer um veto mais racional”, explicou. O presidente ainda lembrou que um impasse sobre o início de um curso a novos alunos da academia da Polícia Federal também influenciou no adiamento. Segundo ele, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro teria sugerido para o curso ter início somente depois do fim da pandemia.

“Seria uma injustiça deixar esse pessoal do lado de fora, esses 500 novos policiais federais. Não tem nada de despesa em maio. Reajuste não está previsto para ninguém. É para que eles possam cursar. Era para ter começado já esse curso. Atrasou, porque ministro anterior quis que o novo curso esperasse a pandemia. Nesse esperar, apareceu esse projeto. Se a gente sancionar agora, esse jovens alunos poderão ter que adiar para 2022 o início do curso. Por isso, não resolvemos a questão do veto ou não veto hoje. Acho que até quarta-feira dá para acertar tudo.”

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags