Correio Braziliense
postado em 12/05/2020 14:01
O ex-superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, afirmou, em depoimento à PF, que a saída dele do comando do cargo de chefia da unidade foi adiantado em agosto do ano passado sem que fosse apresentado motivo aparente. Ele ingressou no cargo em 2018, a convite do ex-diretor-geral da corporação, Fernando Segóvia.Ao sair do cargo de ministro da Justiça, Sergio Moro relatou que o presidente Jair Bolsonaro manifestou o desejo de trocar o comando da PF no Rio alegando que haveria baixa produtividade. No entanto, de acordo com Moro, essa alegação não procede, já que as atividades da corporação no estado aumentaram em 2019. Moro relata que Bolsonaro atuou com fins políticos.
Na oitiva realizada em Brasília, Saadi afirmou que recebeu uma ligação de Valeixo falando da troca. "Que no dia 15 de agosto de 2019 logo pela manhã o depoente (Saadi) recebeu uma ligação do Delegado Maurício Valeixo, então diretor-geral da Polícia Federal afirmando que havia resolvido adiantar os planos de troca da Superintendência do Rio de Janeiro e queria remover o depoente para Brasília não revelando eventuais razões para tanto; que momentos após o depoente recebeu o link com a notícia de uma manifestação do presidente Jair bolsonaro à imprensa no sentido de que haveria a troca de superintendente do Rio de Janeiro", destaca um trecho do depoimento.
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