Politica

Reuniões ministeriais estão suspensas, diz presidente

Bolsonaro disse que vai se reunir individualmente com cada ministro para ''evitar esse tipo de problema'', referindo-se às denúncias do ex-ministro Sergio Moro

Correio Braziliense
postado em 13/05/2020 12:27
Bolsonaro disse, ainda que, independentemente das reuniões quinzenais, recebe todos os dias seus auxiliaresDiante das repercussões da reunião ministerial de 22 de abril, que vem sendo usada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro em sua defesa no inquérito que está em andamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (13/5), que não fará mais reuniões de Conselho de Governo com a participação de todos os ministros. Agora, os encontros serão restritos. A cúpula de ministros e o presidente se reúnem a cada 15 dias.

“Eu decidi: não teremos mais reunião de ministros. Vou ter uma vez por mês, uma reunião de ministros de manhã, (hasteamento da) bandeira nacional, um café e liberar. O resto vou tratar individualmente com cada ministro. Para evitar esse tipo de problema”, afirmou. Na polêmica reunião, que foi exibida de forma restrita na terça-feira (12/5), no Instituto de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, consolidou-se, entre os presentes, que Bolsonaro ameaçou demitir Moro se ele não promovesse mudanças no comando da PF, em especial, no Rio de Janeiro, o que o presidente nega.

Bolsonaro disse, ainda que, independentemente das reuniões quinzenais, recebe todos os dias seus auxiliares. “Não vai ser (reunião) do Conselho. Vai ser um café da manhã, de 8h as 9h, bandeira nacional”, assinalou. O objetivo, de acordo com ele, é fazer uma confraternização. “(A ideia é) bater um papo, um olhar para a cara do outro, trocar uma ideia, tá ok? E, individualmente, tratar uns assuntos ou outros, mas é uma reunião mais de uma confraternização mensal de todos os ministros, 1h30 no máximo”, emendou.

Saiba Mais

O clima do Palácio do Planalto é de apreensão. Assessores do presidente temem que, diante do que está no vídeo da fatídica reunião ministerial de 22 de abril, não reste alternativa ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a não ser pedir a abertura de processo contra Bolsonaro no STF. No que depender de Moro, o presidente ainda terá muita dor de cabeça.

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