Politica

Apenas o Planalto poderá dizer de quem eram as amostras, diz Fiocruz

Entidade afirma que material enviado pelo Planalto para teste de coronavírus não estava identificado. Governo afirmou ao Supremo que exame de Bolsonaro deu negativo

Correio Braziliense
postado em 13/05/2020 18:51
Entidade afirma que material enviado pelo Planalto para teste de coronavírus não estava identificado. Governo afirmou ao Supremo que exame de Bolsonaro deu negativoA Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou, nesta quarta-feira (17), que a amostra enviada pelo Palácio do Planalto para a realização de teste de covid-19 não estava identificada com os dados do paciente. Por conta disso, apenas o governo sabe realmente de quem era o material enviado ao laboratório da entidade no Rio de Janeiro.

No ofício enviado ao Supremo, a Advocacia Geral da União afirma que os dados do presidente foram preservados em razão "da grande repercussão pela mídia do estado de saúde do Sr presidente", e por conta da pandemia de coronavírus. A AGU afirma, na justificativa enviada ao ministro Celso de Mello, que o chefe do Executivo foi identificado no exame apenas como "Paciente 05".

Procurada pelo Correio, a Fiocruz afirmou que "enquanto referência para diagnóstico molecular de SARS-CoV-2, confirma que recebeu e processou amostras enviadas pelo Palácio do Planalto, de acordo com o método de RT-PCR em Tempo Real". No entanto, de acordo com a entidade, "o material enviado não tinha identificação. Portanto, apenas os demandantes dos exames poderão esclarecer de quem eram as amostras".

Saiba Mais

Bolsonaro afirmou desde março que havia testado negativo para o vírus. O deputado Eduardo Bolsonaro chegou a dizer que a emissora de TV norte-americana Fox News que o pai tinha recebido diagnóstico positivo para covid-19, mas depois voltou atrás. O presidente se negou a entregar os exames ao jornal Estado de São Paulo. O veículo de imprensa procurou a Justiça e conseguiu a divulgação dos laudos.

Bolsonaro realizou três exames, sendo um na Fiocruz e dois os Hospital das Forças Armadas (HFA). No hospital destinado ao público militar, ele foi identificado pelos codinomes de "Airton Guedes" e "Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz", de acordo com a AGU.  

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