Correio Braziliense
postado em 14/05/2020 20:08
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (14/05) que os mais de 73 mil militares que receberam o auxílio emergencial de forma irregular "vão pagar um preço um pouco alto" por terem tentado burlar o sistema do governo para receber os R$ 600.
Segundo Bolsonaro, esses militares vão ter que devolver os recursos, como já determinou o Tribunal de Contas da União (TCU), e ainda vão sofrer uma punição disciplinar. O presidente alegou que, no meio militar, "quando alguém faz algo errado, o bicho pega".
"Eles vão devolver a grana e vão sofrer, com toda certeza, uma punição disciplinar. O recruta, alguns quis (sic) dar um golpe aí e se deu mal. Vão pagar um preço um pouco alto, porque é uma medida que tentou burlar a legislação", afirmou o presidente Bolsonaro, na sua live desta quinta-feira.
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"Quem presta o serviço militar inicial é militar, é um soldado chamado recruta. O que aconteceu com muitos recrutas... Como ano passado não declararam renda e ficaram difícil de entrar no filtro, se inscreveram como beneficiário e receberam os R$ 600. Só que foram descobertos e, no nosso meio, quando o cara faz algo errado, o bicho pega", alegou Bolsonaro.
Ele ainda disse "que a imprensa bateu muito" no assunto porque ele é um capitão do Exército.
Detentos
Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o governo federal também está analisando a situação dos familiares de penitenciários que solicitaram os R$ 600. Segundo o governo, cerca de 39 mil cadastros do auxílio emergencial se encaixam nessa situação e vão passar por um processamento adicional, já que a lei que criou o benefício não libera a concessão dos R$ 600 para as famílias que já recebem algum benefício do governo, como o auxílio-reclusão.
"Por decisão do Ministério Público, teve que pagar os R$ 600 para familiar de preso, mas muito presidiário recebe auxílio reclusão", reclamou Bolsonaro, dizendo que o governo vai seguir a lei e não deve, portanto, liberar o auxílio emergencial para as famílias que já recebem esse outro benefício. "Falei com o Canuto da Dataprev hoje e ele falou que esse pessoal, pouco mais de 30 mil, requereu, segurou para fazer o filtro do auxílio reclusão. Um detalhe né... É uma decisão que veio de cima para baixo para pagar o familiar do presidiário. Vamos cumprir o que manda a legislação", afirmou Bolsonaro.
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