Correio Braziliense
postado em 16/05/2020 04:12
A major Maria Amélia Alves da Costa Ferraz, mãe do jovem de 16 anos que teve o nome utilizado por Jair Bolsonaro como pseudônimo em um dos exames realizados para covid-19, trabalha no Hospital das Forças Armadas (HFA). Ela está lotada na área de coleta de amostras da unidade de saúde e, no dia 17 de março, auxiliou no atendimento ao presidente.
Maria Amélia é mãe de Rafael Augusto Costa Ferraz Nascimento, estudante do ensino médio que não chegou a testar o coronavírus, mas tem atendimento permitido no hospital por ser filho da militar. Apesar do nome do jovem de sido registrado no laudo, os demais dados utilizados, como CPF e RG, são de Bolsonaro.
A informação de que o presidente testou negativo para a doença está em um laudo enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o jornal Estado de S.Paulo entrar na Justiça para ter acesso aos resultados. Mas o uso de codinomes e ausência de identificação levantaram polêmica. Procurado pelo Correio, o Ministério da Defesa informou que a major Maria Amélia autorizou o uso do nome do filho no exame. “Em consonância com a equipe médica da Presidência, e no intuito de proteger e garantir confidencialidade aos exames do Presidente da República, foi sugerida a utilização de um pseudônimo, sendo o nome que lhe ocorreu, naquele momento”, informou, em nota.
Ainda de acordo com a Defesa, não há nada irregular. “Cabe destacar, ainda, que, de acordo com a própria Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, o uso de pseudônimos em exames de saúde de pessoas públicas, visando proteger a privacidade, é comum e não representa irregularidade”, completa nota da pasta.
Em outro exame, realizado na Fundação Oswaldo Cruz, por meio de amostras enviadas ao Rio de Janeiro, o Planalto não forneceu nome e dados pessoais para comprovar a identidade do paciente, o que vai contra normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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