Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 04:03
O Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento investigativo criminal para a Polícia Federal na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018. Além disso, o órgão pediu à Justiça Federal que seja desarquivado um inquérito aberto para apurar vazamento de informações na superintendência da corporação do Rio de Janeiro. No ano passado, a PF arquivou o caso, apontando que não havia evidências de irregularidades. O alvo agora é o delegado citado pelo empresário Paulo Marinho, cujo nome não foi revelado, que teria avisado, com antecedência, a Flávio Bolsonaro sobre a deflagração da operação.O procurador da República Eduardo Benones, que assina a peça pedindo o desarquivamento, argumentou que “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”. As diligências serão conduzidas pelo setor de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público. “As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informação, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade”, afirmou Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF/RJ.
Também ontem, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fepapef) afirmou, em nota, que as denúncias feitas por Marinho “atingem em cheio a credibilidade” da corporação. De acordo com a entidade, é necessário apurar as acusações para destacar que a instituição sempre cortou “na própria carne” para preservar o respeito conquistado junto aos brasileiros. “Por acreditar e defender esses princípios, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) pede uma investigação rigorosa das denúncias, para que não paire qualquer dúvida sobre a correção da corporação que defendemos todos os dias, arriscando nossas vidas e, neste momento de pandemia, nossa saúde e a de nossos familiares”, completou o comunicado. (RS)
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