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Bolsonaro veste camisa do Flamengo para apoiar a volta dos jogos de futebol

Presidente da República discutiu possibilidade de volta do futebol no país. Mané Garrincha já foi oferecido para receber partidas do Campeonato Carioca, apesar de abrigar um hospital de campanha com pacientes diagnosticados com covid-19

Semanas depois de o Estádio Mané Garrincha ter sido oferecido à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para a retomada do Campeonato Carioca, dirigentes do Flamengo e do Vasco se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (19/5). Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Alexandre Campelo, presidente do Vasco, eram alguns dos presentes na reunião.

O encontro tratou principalmente sobre as chances de retorno das partidas de futebol no país, apesar da pandemia do novo coronavírus. Além disso, os representantes dos clubes cariocas tentaram avançar nas discussões sobre o convite feito à Ferj pela Arena BSB, empresa que adminsitra o Mané Garrincha.

No fim de abril, o CEO da Arena BSB, Richard Dubois, disse ao blog Drible de Corpo, do Correio Braziliense, que "fomos consultados e temos todo interesse em receber competições esportivas nesse período, desde que haja liberação por parte das autoridades competentes, como por exemplo portões fechados, e os protocolos de segurança sanitária sejam cumpridos".

Apesar de o Mané Garrincha servir atualmente como hospital de campanha para receber pacientes diagnosticados com covid-19, o CEO afirmou que "isso não impede a realização de eventos esportivos". "Aqui (em Brasília), a pandemia está mais controlada do que no Rio. O nosso hospital está bem separado, por exemplo, do setor operacional do estádio. Nós continuamos trabalhando no Mané Garrincha. Portanto, não há problema em receber partidas de futebol", comentou Dubois.

Recentemente, a Ferj emitiu um comunicado pedindo o retorno das atividades futebolísticas no Rio de Janeiro e garantindo que os clubes do estado estão prontos para voltar respeitando medidas de prevenção e de combate à disseminação da covid-19. O documento foi assinado por 14 dos principais times do futebol carioca, à exceção de Botafogo e Fluminense.

No entanto, a prefeitura do Rio de Janeiro ainda não autorizou os clubes da cidade a reiniciarem suas atividades. Dessa forma, uma das opções em cogitação tanto pelo Flamengo quanto pelo Vasco é de que as equipes venham à capital federal para, em um primeiro momento, retomar os treinos.

O Flamengo, especificamente, estaria disposto a arcar com os custos para que as famílias dos jogadores do clube fiquem hospedadas em Brasília, caso haja a autorização do Governo do Distrito Federal (GDF) para que o rubro-negro possa treinar na capital do país.

A despeito da crise sanitária causada pelo novo coronavírus, a equipe deve encontrar menos resistência em Brasília visto que o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), é flamenguista declarado e tem boa relação com a diretoria do clube. Em 2019, por exemplo, ele acompanhou a delegação do Flamengo na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Emelec, no Equador.

Além disso, nos últimos anos, o Mané Garrincha serviu de palco para alguns jogos do rubro-negro. Em fevereiro deste ano, inclusive, o Flamengo conquistou a Supercopa do Brasil na arena, ao derrotar o Athletico-PR por 3x0.

Bolsonaro quer volta


Bolsonaro é favorável ao reinício das competições futebolísticas. No mês passado, ele até disse que havia um pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que os jogos pudessem voltar a ser disputados sem público. "Isso é uma coisa que estamos avaliando. Nem tudo o que a gente avalia é para ser definido. Não é coisa definida ainda. Mas são algumas iniciativas que de alguma forma poderiam trazer uma rotina um pouco melhor para o dia a dia das pessoas", disse o presidente.

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Além disso, em entrevista à Rádio Guaíba, ele falou que os atletas precisam voltar a competir para ter como garantir o sustento das suas famílias.

“Muitas vezes a gente tem o pensamento de que todo jogador ganha horrores. Não, a maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar sua família. Estão passando necessidade. Não sou eu que vou abrir ou não o futebol, mas já conversei com o ministro da Saúde para dar um parecer um nesse sentido, para que o futebol volte sem torcida. Então, da nossa parte, esse parecer deve ser feito”, frisou Bolsonaro.