Politica

Após piada, Bolsonaro lamenta mortes e fala de cloroquina como esperança

O presidente não mencionou o recorde de mortes diárias no Brasil, que chegou a 1.179 óbitos em 24 horas

Correio Braziliense
postado em 20/05/2020 11:50
O presidente não mencionou o recorde de mortes diárias no Brasil, que chegou a 1.179 óbitos em 24 horasO presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais na manhã desta quarta-feira (20/05) para lamentar as mortes em decorrência do novo coronavírus. Ele ainda comentou sobre o novo protocolo do Ministério da Saúde, assinado hoje pelo interino da pasta da Saúde, general Eduardo Pazuello, que inclui a cloroquina no tratamento de pacientes com sintomas leves. Ele tratou a medicação como ‘uma esperança’.

“Dias difíceis. Lamentamos os que nos deixaram. Hoje teremos novo protocolo sobre a Cloroquina pelo @minsaude. Uma esperança, como relatado por muitos que a usaram. Que Deus abençoe o nosso Brasil”, escreveu o chefe do Executivo.
 

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A declaração de Bolsonaro ocorre um dia após ele ser duramente criticado após uma piada feita em entrevista ao jornalista Magno Martins. Segundo o chefe do Executivo disse, ‘toma o remédio quem quer’. “Quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tubaína”.

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“Prefeito Romero Rodrigues, Campina Grande, liberou a cloroquina. Mais um ponto aí pra você. Dar oportunidade para o povo aí que se infectou. Quem sabe né? Pode ser que lá na frente digam que foi um placebo ou seja, não serviu para nada. Tudo bem. Mas pode ser que daqui a dois anos: “Olha, realmente curava”. E o Romero e eu não vamos ter na consciência: “Ô. Nós evitamos, morreu, mas poderia ter sido salvo”. Na minha consciência não vai ter isso, e outra, toma quem quiser, quem não quiser não toma. Quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tubaína. Viu como sou educado? Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína”, disse rindo.

No entanto, o presidente não mencionou o recorde de mortes diárias no Brasil. Ontem (19/05), o Ministério da Saúde apontou 1.179 óbitos em 24 horas por causa da covid-19, recorde no Brasil desde o início da pandemia. 
 
Vale lembrar que a cloroquina não possui comprovação científica de eficácia contra o novo coronavírus e possui fortes efeitos colaterais caso não seja acompanhado por um médico. 

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