Politica

Professor Israel sobre Weintraub: 'Não é da Educação, é do entretenimento'

Para o deputado, ministro politizou um debate sobre acesso à educação. Israel também defendeu o adiamento do Enem

Correio Braziliense
postado em 20/05/2020 14:44
Israel BatistaEm entrevista ao programa CB.Poder nesta quarta-feira (20/5), o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF) fez críticas ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e afirmou que adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é essencial para garantir o acesso de todos os estudantes à prova. “O Brasil é um país de desigualdades e nós não podemos permitir que o enem seja politizado”, afirmou o deputado. 

A prova ocorreria em novembro deste ano, mesmo com cerca de 80% dos alunos sem aulas. Na segunda-feira (19/5), foi aprovado no Plenário Virtual do Senado, por 75 votos a 1, o adiamento do exame. A matéria seguiu para análise na Câmara dos Deputados. Para Israel, o Brasil deve seguir o exemplo de outros países como França, Estados Unidos e China, que já adiaram os seus exames de ensino médio. 

Na avaliação do deputado, o governo federal está mantendo a data inicial do Enem como forma de “forçar a reabertura das escolas”. “O ministro tem sido intransigente, não tem ouvido quem cuida do ensino médio”, disse. “Ele politizou todo o debate, ele não é ministro da Educação, ele é ministro do entretenimento”, pontuou. 

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Na ocasião, Israel Batista também se posicionou a respeito da MP 966/2020, que isentaria agentes públicos de punição a erros no combate à pandemia. Para ele, a proposta, se aprovada, geraria impunidade a erros que viessem a ser cometidos pelo governo federal. O deputado diz que a medida é “uma nítida tentativa de proteção do próprio presidente da República e dos seus ministros e assessores”. “Ela (a MP) libera as consequências dos erros cometidos, em um governo que não tem seguido os protocolos de saúde e sanitários, esses erros serão consequentes”, avaliou Israel.

A Medida Provisória deve ser analisada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso ainda nesta quarta. Por se tratar de um assunto de extrema importância, o deputado confia que o ministro deve levar a decisão ao plenário da Corte. 
 
Por fim, Israel disse que a aproximação de Bolsonaro dos partidos do Centrão fortalecem o presidente e o ajudam a evitar um eventual processeo de impeachment. “Nós sentimos aumento do apoio ao presidente no Nordeste, região que sempre foi um reduto do PT”, afirmou o deputado. “Apesar de nós (Congresso) termos proposto R$ 600 e recusado os R$ 200 que ele ia oferecer, os louros do auxílio emergencial vão para ele.”
 

Assista à íntegra da entrevista:

 
 

Ouça à íntegra da entrevista:  

 
 
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão 

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