Politica

General Heleno descarta intervenção militar e nova ditadura no Brasil

"Os militares não vão dar golpe", disse

Correio Braziliense
postado em 21/05/2020 16:53
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, descartou, nesta quinta-feira (21/05), a possibilidade de golpe, intervenção militar ou de uma nova ditadura no Brasil. "Os militares não vão dar golpe. Isso não passa na cabeça dessa nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução em 1964", disse o ministro, durante live para o grupo Personalidades em Foco.

Na visão do general, um dos mais principais interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, "não passa [pela cabeça] ditadura, intervenções, isso são provocações feitas por alguns indivíduos que não têm coragem de dizer quais são suas ideologias, que ficam provocando os militares para ver se nós vamos reagir".

O general disse que isso se deve aos "nossos instrutores, vacinados por toda aquela trajetória de militares se intrometendo de uma forma pouco aconselhável, mas muitas vezes necessária, na política".

No mês passado, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, teve que divulgar duas notas reafirmando o compromisso das Forças Armadas com a Constituição depois que o presidente Bolsonaro participou de atos golpistas que pediam uma intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso.

Na semana passada, um artigo do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, alimentou rumores sobre possíveis intenções intervencionistas por parte da cúpula das Forças Armadas.

Saiba Mais

Durante a live, Heleno também defendeu a presença de egressos das Forças Armadas na administração. "Nós não somos todos brilhantes, temos alguns brilhantes, mas temos uma dívida com o país", afirmou o ministro.

Ele também voltou a criticar a mídia. "Na hora de apresentar os fatos, a gente percebe. É uma total contaminação dessa parte da imprensa. Só pode ser para derrubar o presidente da República. Não tem outra explicação", disse o general.

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