Politica

Covid-19: Bolsonaro diz que houve 'propaganda muito forte' da doença

Enquanto o país se aproxima das 19 mil mortes pelo novo coronavírus, presidente reclama que divulgação dos números relacionados à doença causa "pavor na família brasileira"

Apesar de o Brasil ser um dos países mais impactados pela pandemia da covid-19 em todo o mundo, o presidente Jair Bolsonaro minimizou os efeitos do novo coronavírus, que já matou 18.859 brasileiros e infectou outros 291.579. Segundo ele, “houve uma propaganda muito forte em cima disso”.

Durante videoconferência com líderes católicos e deputados da Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana nesta quinta-feira (21/5), o presidente disse não ver motivo para tanto alarde da doença. De acordo com Bolsonaro, a covid-19 deveria causar preocupação apenas a idosos e pessoas com doenças pré-existentes. 

“O governo federal faz o que é possível para entender o nosso povo na situação que vive com a questão do coronavírus. Se bem que, no meu entender, houve uma propaganda muito forte em cima disso. Trouxe o pavor para o seio da família brasileira. E obviamente nós sabemos da gravidade das pessoas idosas e daqueles que têm algumas doenças, uma vez sendo acometido pelo vírus”, comentou o mandatário.

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Atualmente, o Brasil está no pódio de países com diagnósticos confirmados (atrás apenas Estados Unidos e Rússia) e figura entre os seis com mais mortes provocadas pela pandemia (Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França e Espanha estão na frente).

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem dito que a onda de desemprego causada pela crise sanitária será mais grave do que a própria pandemia em si. Em diferentes ocasiões, o presidente desdenhou da gravidade da covid-19, tendo equiparado a doença a uma "gripezinha" e a um "resfriadinho".