Sarah Teófilo
postado em 27/05/2020 14:42

Os empresários com sigilo afastado no período compreendido entre julho de 2018 a abril deste ano são: Luciano Hang, dono das lojas Havan; Edgard Gomes Corona, fundador e CEO da rede de academias Smart Fit; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior (conhecido como Rey Bianchi); e Winston Rodrigues Lima, criador do Bloco Movimento Brasil e dono do canal do Youtube ;Cafézinho com Pimenta;. Todos apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o ministro, toda a estrutura, chamada de ;gabinete do ódio;, ;está sendo financiada por um grupo de empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização;.
O ministro relatou na decisão que há informações que os empresários investigados no inquérito integram um grupo de WhatApp com o nome ;Brasil 200 Empresarial;, "em que os participantes colaboram entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes".
No documento, Moraes incluiu um print que seria do grupo no qual o empresário Edgard Corona teria enviado publicações que atacam o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e escrito: "Temos de impulsionar estes vídeos. Precisamos de dinheiro para incestir (investir) em mkt (marketing)".
A decisão faz parte do inquérito e que resultou nesta quarta-feira (27/5) em uma operação da Polícia Federal que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, tendo os empresários como alguns dos alvos. Moraes pontuou que as publicações que ameaçam e divulgam informações falsas sobre os ministros são ;inúmeras e reiteradas quase que diariamente;. ;Há ainda indícios que essas postagens sejam disseminadas por intermédio de robôs para que atinjam números expressivos de leitores;, pontuou.
[SAIBAMAIS]Moraes também determinou o bloqueio de contas das redes sociais, citando Facebook, Twitter e Instagram, de 17 pessoas investigadas, dizendo que ação é necessária ;para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática;. Dentre elas, estão os empresários já citados, o blogueiro Allan dos Santos e a líder do movimento "300 do Brasil", Sara Winter.
