Politica

Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 28/05/2020 04:03
 
Onde pega
O fato de o Ministério Público Federal não ser uma das partes do inquérito das fake news e ter, inclusive, pedido seu arquivamento em abril de 2019, dará base para que a investigação a cargo do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal seja combatida em todas as instâncias legais pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro. Obviamente, ameaças de morte, de invasão, de depredação e quem financia essas atitudes, seja de direita ou de esquerda, deve ser investigado.

Moral da história: enquanto STF e MPF não se acertarem sobre como deve ser a investigação a respeito dessa rede de milícias digitais e seus financiadores, que ameaçam os pilares do processo democrático, Bolsonaro e seus aliados terão munição para atacar o Supremo e seus ministros.

Siga o rastro do dinheiro
A investigação em curso no STF está centrada, agora, em apurar de onde vem o dinheiro para financiar os movimentos radicais. Há quem diga que, da mesma forma que o fim do envio de recursos aos sindicatos deu uma reduzida nos extremistas nos tempos de Lula, a redução dos financiadores conterá os extremistas de direita. Ontem mesmo, um site, o vakinha.com.br, suspendeu a arrecadação para o acampamento dos 300 na Esplanada.

Foca no Moraes
Aliados de Bolsonaro querem deixar a briga com o STF no caso das fake news restrita ao ministro-relator, Alexandre Moraes. Eles já tratam Moraes como um tucano, amigo de João Doria, infiltrado no Supremo para desestabilizar o governo e tentar promover o impeachment do presidente.

Depois da cloroquina...
…Vem aí nova polêmica relacionada à pandemia. Bolsonaro está fazendo seu próprio levantamento a respeito das mortes por coronavírus. Ele suspeita que existam números superestimados. Aos amigos, tem dito que em breve terá novidades a respeito.

Forças Armadas no meio da guerra
As FAs fizeram chegar, a quem interessar possa, que não farão nada fora dos preceitos constitucionais. Ou seja, não tem essa de invadir o STF com um tanque, um cabo e um soldado.
 
 
Resumo da reunião ministerial/ Somos todos Weintraub. Bolsonaro nem de longe pensa em dispensar seu ministro da Educação.

Fora de combate/ O ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, não participou da reunião ministerial porque está em casa com conjuntivite.

Não contem com ele/ O comando do PSL fará “cara de paisagem” para esse inquérito das fake news. Cada deputado que se vire para buscar defesa.

O consultor/ O ex-ministro da Cidadania Osmar Terra tem ido ao Ministério da Saúde para dar um apoio à equipe de Eduardo Pazuello. O ministro interino será mantido no cargo até o fim da pandemia. O futuro a Deus pertence.


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