Politica

Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 30/05/2020 04:03
 
TSE, o primeiro obstáculo
Quem acompanha de perto os movimentos da política vê com certa preocupação o inquérito que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a respeito do impulsionamento de mensagens na campanha de 2018. Esse é o que pode levar à cassação da chapa presidencial, algo que os militares não aceitam nem de longe. Embora o governo esteja em desgaste, ninguém cogita um afastamento da chapa, nem do presidente Jair Bolsonaro, nem do vice-presidente Hamilton Mourão.

A visão que o meio militar já fez chegar ao político é a de que saídas nesse sentido estão descartadas, assim como a ruptura institucional a que se referiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Portanto, qualquer saída que envolva a chapa será prontamente rechaçada. Hoje, aliás, em meio à pandemia, ninguém cogita o afastamento de Bolsonaro, que dirá da chapa com a qual ele foi eleito com 57 milhões de votos.

Escolhas da vida
O presidente foi alertado de que vai afastar investidores ao decidir dobrar a aposta em relação ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). A turma do dinheiro não gosta de instabilidade, tampouco de líderes voluntariosos. Se Bolsonaro seguir nesse rumo, o estrago na economia será pior.

Inclusive a escolha de Sofia
O tombo do PIB de 1,5% no primeiro trimestre, quando a pandemia ainda não estava em seu pico no Brasil, foi um sinal de que o segundo trimestre será muito pior. Nesse sentido, até os aliados palacianos consideram que é o momento de botar para funcionar o Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos. Inclusive dos filhos e dos aliados para não criar mais confusão.

Vai longe
O auxílio emergencial, que tem ajudado os índices de aprovação de Bolsonaro, não acaba nos próximos meses. Pelo menos, enquanto o Brasil estiver mergulhado no pesadelo da pandemia.

Mais uma turma sem conta
Ao começar a preparar o pagamento da nova leva de liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa descobriu, pelo menos, 18 milhões de trabalhadores que não têm nenhuma conta aberta. Ou seja, o presidente Pedro Guimarães terá que arrumar meios de incluir mais esse contingente na vida bancária nacional.

Dos males, o menor
A ideia do governo é aproveitar essa inscrição de pessoas no sistema bancário para, quando passar a pandemia,  montar um programa social robusto. Algo que marque, inclusive, o nome de Bolsonaro entre os mais pobres.
 
 
Não vai rolar/ A depender dos novos aliados, como Roberto Jefferson (foto), a agenda de privatizações do governo será deixada de lado. Afinal, os cargos são importantes para atrair aliados. No centro dessa discussão, entrou, inclusive, a Casa da Moeda, que saiu da lista de “privatizáveis”.

Justo agora.../ A população nunca se informou tanto pela mídia tradicional quanto nesse período de pandemia. Justamente agora, a área de segurança do Palácio do Planalto reduziu de três para um o número de grades que separa os apoiadores do presidente dos repórteres, que todos os dias são alvo de provocações e xingamentos pelos bolsonaristas.

Jogo combinado/ Quem se espantou sobre o silêncio do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no depoimento de ontem, é bom saber que ele não fez nada sozinho. Tudo foi acertado com o Planalto.

Gilberto Dimenstein/ O jornalismo mais uma vez de luto, com a passagem de Gilberto Dimenstein, com quem aprendi muito nos tempos de “foca” na Folha de S.Paulo, nos anos 80. Ele, junto com Josias de Souza, comandava uma orquestra que tocava de ouvido. A convivência com aquela equipe foi um privilégio. À família, meus sentimentos.


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