Jair Bolsonaro afirmou ontem que existe a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública. A pasta foi unida ao Ministério da Justiça, no começo do governo, e entregue ao ex-juiz Sérgio Moro para comandá-la – que, aliás, conseguiu impedir seu desmembramento, como o próprio presidente defendeu durante algum tempo. E, como no ano passado, novamente o ex-deputado Alberto Fraga é cotado para assumi-la.
“Eu sou amigo do Fraga desde 1982. Não vou dizer que seja ele e nem que não seja. Ele está livre de todos os problemas que teve aí. É um grande articulador. Ele é cotado aí, mas nada de bater martelo”, afirmou. Os “problemas” aos quais Bolsonaro se referiu é um processo contra Fraga, por acusações de recebimento de propina, na época em que era secretário de Transporte do Distrito Federal, no governo de José Roberto Arruda. Em março passado, o ex-líder da chamada “bancada da bala” no Congresso foi absolvido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal das acusações de concussão. Mas o ex-deputado não está sozinho na disputa, como deixou claro o próprio Bolsonaro.
“A tal bancada da segurança tem essa intenção (de recriar o ministério). Talvez eu converse com o (deputado federal) capitão Augusto (PL-SP) esta semana. Se a gente decidir voltar, já vou dar o nome do ministro antes de começar a tramitar o projeto, para evitar especulações”, garantiu.
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