O evento de inauguração do hospital de campanha de Águas Lindas (GO), primeira unidade anunciada pela União para atender pacientes com covid-19, na manhã desta sexta-feira (5/6), acabou sujando a unidade, que deverá agora passar por limpeza e desinfecção antes de poder receber pacientes. A inauguração já havia sido adiada devido à agenda presidencial, quando seria na quarta-feira (3/6) e passou para esta sexta, .
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse que a unidade está em condições de receber pacientes desde quarta-feira, com insumos e profissionais preparados. No entanto, a equipe de infectologia informou que se começasse a receber pacientes, não poderia ter o evento de inauguração depois.
Por isso, a abertura do hospital foi atrasada para que houvesse a cerimônia, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do governador Ronaldo Caiado (DEM), do prefeito da cidade, Hildo do Candango, e outras autoridades.
Alexandrino afirmou que se um paciente grave precisar da internação, talvez no fim da tarde desta sexta-feira (5/6) a unidade já tenha condições de recebê-lo. “Pode ser (que abra) até no fim de semana. Nós imaginamos que será segunda-feira. Mas depois dele higienizado e desinfetado, ele está em condições de (receber pacientes). Quando vai ser, depende de quando um paciente precisar. Como não é porta aberta, não é demanda espontânea, não vai chegar nenhum paciente aqui de forma aleatória”, explicou.
Unidade não é pronto-socorro
Todos os doentes serão regulados para a unidade pelo sistema de regulação estadual. Ou seja, não é como um pronto-socorro, em que as pessoas vão para buscar primeiro atendimento. O paciente chega, por exemplo, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS, é avaliado, a equipe médica vê que o caso é grave, entra em contato com o complexo regulador estadual, que define se será encaminhado para este hospital de campanha de Águas Lindas, ou para outra unidade.
Questionado se o evento, que sujou a unidade atrasando a abertura, havia atrapalhado o atendimento aos pacientes com covid-19, o secretário de Saúde disse que “por enquanto, não”. “Porque (no momento) a gente não está com necessidade de internar paciente aqui. Mas a gente vai fazer essa desinfecção da forma mais célere possível, de forma que fique pronto para, a qualquer momento, receber paciente que é regulado”, disse.
Saiba Mais
O hospital de campanha possui 200 leitos, mas começará com apenas 19 sendo de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando possui apenas essa quantidade de respiradores. O restante ficará como leito de enfermaria, mas todos podem se tornar leito de UTI.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.