Com a confirmação de que o governo federal vai reduzir o valor do auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e autônomos para garantir mais duas parcelas da ajuda, o presidente Jair Bolsonaro disse que só vai autorizar que o programa seja pago no valor original caso deputados e senadores reduzam o próprio salário para custear o benefício.
A tendência é de que as duas parcelas adicionais sejam no valor de R$ 300. De acordo com o chefe do Executivo, a redução é necessária para evitar o endividamento do país. “Cada parcela é um pouco mais de R$ 40 bilhões (de impacto para os cofres públicos). Não tem possibilidade de a nossa dívida continuar crescendo dessa maneira. Então a ideia da equipe econômica, e minha também, é mais duas parcelas, talvez de R$ 300”, comentou Bolsonaro nesta terça-feira (9/6), durante entrevista a jornalistas na frente do Palácio da Alvorada.
“Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar pela metade. Grande parte do salário desses parlamentares será usada para pagar isso aí, tudo bem. Eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum. Mas dizendo de onde vem o recurso. Não podemos nos endividar. O auxílio emergencial tem um limite. A gente não consegue pagar por muito tempo um montante como esse”, acrescentou Bolsonaro.
"Aterrissagem"
Nesta manhã, durante reunião ministerial na residência oficial, o ministro da Economia anunciou a prorrogação do benefício por mais dois meses. Segundo ele, o país dará início a uma “aterrissagem” para poder unificar uma série de programas sociais e lançar o Renda Brasil, uma repaginação do Bolsa Família.
“O mais importante são os próximos passos. O presidente já lançou, e comunicou isso, que por dois meses nós vamos estender o auxílio emergencial. Nós estávamos em um nível de emergência total a R$ 600, vamos começar agora uma aterrissagem, com a unificação de vários programas sociais, o lançamento do Renda Brasil”, disse Guedes.
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