Politica

'Queima ou cheira?': Vereador pede cassação de mandato de Carlos Bolsonaro

Leonel Brizola Neto (PSol) argumenta que o filho do presidente tem quebrado o decoro parlamentar em sessões por WhatsApp

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 18:21
Carlos Bolsonaro usando computador em quartoO vereador do Rio de Janeiro Leonel Brizola Neto (PSol) apresentou ao Conselho de Ética da Câmara Municipal um pedido de cassação do mandato do também vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) por quebra de decoro parlamentar.

Captura de tela de conversa do WhatsappNo pedido, Brizola Neto defende que o filho do presidente Jair Bolsonaro tem aproveitado o grupo de Whatsapp no qual estão ocorrendo as sessões remotas da Casa — em razão da pandemia do novo coronavírus — para atacar os colegas de "forma injustamente agressiva". Entre os exemplos citados pelo vereador do PSOL estão uma ocasião em que Carlos perguntou: "Brizola queima ou cheira?".
 
Em outra situação, Carlos Bolsonaro disse que Brizola poderia encontrá-lo na Câmara e acrescentou: "Te espero". A declaração foi interpretada pelo psolista como uma ameça.

Saiba Mais

"Xingar outros parlamentares durante sessão, ameaçá-los, acusá-los grosseiramente de uso de drogas e, no limite, até impedir que o debate parlamentar ocorra (fato que muitas vezes acabou acontecendo em um dos 'chiliques' do Carlos Bolsonaro), caracterizam, evidentemente, 'atos que infrinjam regras de boa conduta nas dependências da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e/ou usar palavras ou gestos que firam a dignidade do mandato dos demais Vereadores'", defendeu Brizola, citando o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O pedido foi apresentado na segunda-feira (8/6), mas, por decisão do presidente da Casa, Jorge Felippe (DEM), foi restiuído ao autor por "não preencher o requisito da formalidade regimental de subscrição por 22 vereadores".

Repercussão

Nas redes sociais, Leonel Brizola Neto anunciou, nesta terça-feira (9/6), o pedido de punição a Carlos Bolsonaro. "Assim como seu pai, Carlos não está preocupado com o sofrimento do povo. Tudo que faz nas sessões é criar confusões, xingar os colegas e atrapalhar o andamento dos trabalhos", escreveu. Carlos Bolsonaro, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o pedido.
 
 

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