Correio Braziliense
postado em 11/06/2020 04:14
O Ministério Público Federal abriu uma investigação para apurar possível crimes de improbidade cometidos pela Secretaria Especial de Comunicação, vinculada à Presidência da República, devido à veiculação de publicidade oficial em sites, aplicativos e canais do YouTube que divulgam notícias falsas, pornografia, jogos de azar e conteúdo infantil, e também que fazem promoção do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o senado Flávio (Republicanos-RJ). Esta é a terceira investigação aberta pelo MPF contra a Secom.A investigação foi iniciada depois que um relatório feito para a CPI das Fake News mostrou que a Secom pagou aproximadamente R$ 2 milhões de publicidade em páginas com conteúdo inadequado. A secretaria culpou as plataformas de mídia com as quais trabalha pela destinação da verba oficial.
A Secretaria está na mira do MPF. Em maio, os procuradores abriram inquérito para apurar as responsabilidades por postagens, feitas no perfil institucional da Secom, enaltecendo o tenente-coronel Sebastião Rodrigues de Moura, o Sebastião Curió, apontado como um dos militares responsáveis pela morte e desaparecimento de militantes de esquerda ligados à Guerrilha do Araguaia. Na sequência, o MPF abriu inquérito para apurar a destinação de verba oficial para sites de conteúdo ideológico e favoráveis ao governo.
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