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PGR acata pedido de Toffoli para investigar atos contra Supremo

No texto, o procurador João Paulo Lordelo pediu que o Ministério Público Federal (MPF) mantenha a procuradoria informada sobre investigações do ato

A Procuradoria-geral da República instaurou, na noite deste domingo (14/6), uma investigação preliminar para apurar os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de apoiadores bolsonaristas. A notícia de fato acata o pedido do presidente do STF, Dias Toffoli, que encaminhou ofício à PGR e à Polícia Federal. 

No texto, o procurador João Paulo Lordelo pediu que o Ministério Público Federal (MPF) mantenha a procuradoria informada sobre investigações do ato. Mencionou, ainda, que já havia encaminhado ao órgão interpretação que Renan da Silva Sena, ativista bolsonarista acusado de disparar os fogos de artifício contra o prédio do STF, cometeu crime de agressão contra os profissionais da saúde em 5 de maio. 

Renan foi detido ontem por policiais à paisana no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Foi ele também quem, em maio, hostilizou e agrediu verbalmente enfermeiras que estavam em um protesto silencioso na Praça dos Três Poderes. Em depoimento, ele negou ter ameaçado governador. Advogados fizeram uma vaquinha e pagaram a fiança de R$ 1,5 mil para liberá-lo.

Na representação que desencadeou a notícia de fato, Toffoli pede que medidas contra o episódio sejam tomadas e extende o pedido de investigação a Renan. Mais cedo, o ministro adiantou que iria recorrer com "todos os remédios, constitucional e legalmente postos”. "O Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas", declarou.