Politica

Weintraub não foi prudente ao ir a manifestação, diz Bolsonaro

Segundo o presidente, ministro da Educação não deu um bom recado ao participar de ato pró-Bolsonaro no domingo (14/6), quando ele voltou a usar o termo "vagabundos" para se referir ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Correio Braziliense
postado em 15/06/2020 19:04
Segundo o presidente, ministro da Educação não deu um bom recado ao participar de ato pró-Bolsonaro no domingo (14/6), quando ele voltou a usar o termo O presidente Jair Bolsonaro criticou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, depois de ele ter comparecido a um ato pró-governo na Esplanada dos Ministérios no domingo (14/6). Na avaliação do chefe do Executivo, Weintraub “não foi muito prudente” e criou mais um problema para o governo federal, que busca "uma maneira de contornar isso aí".

Nesta segunda-feira (15/6), em entrevista à Band News, Bolsonaro comentou que o ministro não deu um bom recado com a atitude. Ele ainda ponderou que Weintraub estava representando a si próprio, e não o Executivo.

Durante o protesto, Weintraub voltou a defender a prisão dos membros do Supremo Tribunal Federal, a exemplo do que fez na reunião ministerial de 22 de abril. A apoiadores do presidente, Weintraub disparou: "Já falei qual é a minha opinião, o que eu faria com os vagabundos".

“Quanto à participação do ministro num grupamento de pessoas, que não foi o grupo de pessoas que soltou os fogos para cima do STF, ele não foi muito prudente em participar dessa manifestação, apesar de nada de grave ele ter falado ali”, afirmou Bolsonaro.

“Mas não foi um bom recado, porque ele não estava representando o governo, ele estava representando a si próprio. Então, como tudo que acontece cai no meu colo, mais um problema nós estamos tentando solucionar: o senhor Abraham Weintraub”, acrescentou o presidente.

Saiba Mais

Antes da entrevista, Bolsonaro recebeu Weintraub no Palácio do Planalto. Nos bastidores, a tendência é de que o ministro da Educação seja exonerado do cargo. Há uma pressão para cima do presidente da República para que ele demita Weintraub com o intuito de pavimentar uma ponte com o STF e o Congresso Nacional.

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro citou a reunião ministerial de 22 de abril e lamentou a divulgação na íntegra do vídeo do encontro. Naquele dia, Weintraub disse que “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

“Lamentavelmente, o ministro Celso de Mello decidiu tornar pública toda a sessão que, em parte, agora, causa um problema para a gente. Ou seja, uma reunião reservada, que foi aqui carimbada como secreta para nós, foi divulgada do outro lado, no meu entender, sem a devida responsabilidade. Aí vem mais uma crise nova, que deságua em cima do ministro da Educação. Estamos buscando uma maneira de contornar isso aí”, comentou Bolsonaro.

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