Politica

Em posse, Fábio Faria defende a força da mídia e a liberdade de expressão

Novo ministro das Comunicações promete trabalhar pela inclusão digital e diz que que é hora de deixar a arena eleitoral para 2022 e pacificar o país para enfrentar a pandemia

Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 12:54

Solenidade de Posse do senhor Fábio Faria, Ministro de Estado das Comunicações, e do senhor Marcos Pontes, Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e InovaçõesO ministro das Comunicações, Fábio Faria, exaltou a força da mídia e a importância da liberdade de expressão e prometeu trabalhar pela inclusão digital e pela implementação da tecnologia 5G no país. Ao tomar posse, nesta quarta-feira (17/6), Faria destacou o momento desafiador da pandemia e disse que é hora de deixar a arena eleitoral para 2022.

“É preciso sobretudo respeito. Deixemos nossas políticas ideológicas de lado para enfrentar o inimigo comum invisível que tem tirado a vida de milhares de pessoas e gerado dano incalculável à economia. É hora de pacificar o país”, afirmou.

 

O ministro lembrou que, em mais de meio século de existência, o Ministério das Comunicações acompanhou várias mudanças tecnológicas. “Mas, agora, são mais velozes, imediatas e massivas. Teremos desafios importantes, mas vamos enfrentar com o apoio das secretarias, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), dos Correios, da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) e da Telebras”, disse. As três últimas empresas, o governo Bolsonaro já ameaçou privatizar. 

 

Faria ressaltou que é seu objetivo à frente da pasta democratizar o acesso às tecnologias de modo a conectar todos os cidadãos na sociedade de informação. “A internet banda larga já chega a 80% da população, mas a orientação do presidente Jair Bolsonaro é chegar a cada cidadão. Um passo fundamental é implementar a estrutura do 5G, de altíssima potência, com impacto na qualidade de vida e na economia”, afirmou.

 

A força da mídia, segmento do qual Faria faz parte por ser genro do dono do SBT, Silvio Santos, foi destacada pelo ministro. “A abrangência da tevê aberta, que leva informação e entretenimento para população, o rádio como amigo das comunidades remotas, os jornais para aprofundar as notícias e a internet são verticais importantes e formam o símbolo e o palco da liberdade de expressão”, assinalou.

 

A importância da internet, disse o ministro, foi reforçada nos tempos de pandemia. “As relações interpessoais se tornaram virtuais as aulas, on-line. A tramitação digital de processos manteve a máquina pública em funcionamento e o comércio on-line manteve o varejo. Por isso é prioritário fazer o processo de inclusão digital. Milhões de crianças ainda não conseguem assistir às aulas online e adultos não têm como trabalhar remotamente”, destacou.

 

Saiba Mais

No aspecto político, Faria sustentou que os eleitores de Bolsonaro são ansiosos pelo resgate de princípios valiosos. “Me orgulho em dizer que sou um desses eleitores que votaram por um país melhor. O senhor é um inovador na comunicação direta, o senhor fala com a população por meio de redes sociais e foi quem primeiro percebeu esse movimento que mudaria o mundo”, disse. “As redes sociais são largas avenidas que, num piscar de olhos, são tomadas por milhares de cidadãos. Todos têm um microfone na mão, todos falam e são ouvidos -- pasmem -- até mesmo pelo presidente da República”, acrescentou.

 

Afagos

Em seu discurso, o ministro teve o cuidado de fazer afagos em todos os Poderes, sobretudo no presidente que o nomeou. “O povo te deu poder e o senhor retribui com respeito”, afirmou, olhando para Bolsonaro. Segundo Faria, o presidente tem sido fiel a suas propostas de campanha ao manter as mesmas preocupações com o bem-estar do povo brasileiro.

 

Faria também fez questão de ressaltar sua amizade com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava na solenidade, e agradeceu as presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e de Gilberto Kassab, ex-ministro das Comunicações e presidente do PSD, seu partido. Terminou o discurso recitando um versículo bíblico. “Permanecem agora três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém, o maior deles é o amor. Que o amor pelo Brasil possa nos unir como brasileiros”, concluiu.

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