Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 06:00
No momento em que foi preso, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse aos policiais que a esposa dele, Márcia Oliveira de Aguiar, estava no Rio de Janeiro. Ela também é alvo de mandado de prisão. “O que ele falou foi que ela não estava em São Paulo, estava no Rio de Janeiro, e foi só isso que ele falou e só isso que foi perguntado”, afirmou o promotor de Justiça Jandir Moura Torres Neto, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP).O mandado contra Márcia seguia em aberto até o fechamento desta edição. O advogado de Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, disse, em entrevista à CNN Brasil, que não sabe onde está a mulher do ex-policial e que aguarda que ela faça contato.
A autorização da prisão de Márcia preocupa Queiroz. Quando a prática das rachadinhas no gabinete do filho do presidente começou a ser investigada, em 2018, ele dizia que “podem me prender, mas não podem prender minha mulher nem minha filha”.
Advogados passavam o recado ao então coordenador da campanha de Jair Bolsonaro para a presidência, Gustavo Bebianno, disse a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Segundo ela, o núcleo da campanha entendia que Queiroz poderia suportar a prisão, mas não reagiria tão bem caso a família virasse alvo. Desde aquela época, Márcia, lotada no gabinete de Flávio Bolsonaro, e a filha, Nathalia Melo de Queiroz, que trabalhou com o presidente Jair Bolsonaro, também eram investigadas.
Queiroz continuava em contato com a família, mesmo enquanto se mantinha escondido, e discutia estratégias de defesa com advogados que representavam o presidente e o filho, segundo a Folha. Um advogado ligado à família Bolsonaro conversava sempre com o ex-policial, na época, de acordo com relatos do empresário Paulo Marinho, que participou da campanha de Bolsonaro. (AA e ST)
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