Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 17:50
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o policial militar aposentado Fabrício Queiroz e Luis Gustavo Botto Maia, apontado como advogado do senador Flávio Bolsonaro, "teriam atuado de forma sistemática para embaraçar" a investigação do esquema de ‘rachadinha’ no gabinete do filho do presidente da República na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando o parlamentar era deputado estadual.
É o que consta no pedido de prisão de Queiroz feito pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O documento foi publicado na íntegra pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O MP afirmou que Fabrício, ex-assessor de Flávio, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia teriam trabalhado para atrapalhar as investigações, chegando a determinar adulteração de provas por uma ex-assessora do gabinete que assinou dois anos de folhas de ponto em branco referentes ao seu trabalho na Alerj, entre 2017 e 2019. Eles também teriam orientado diversos funcionários a não comparecerem quando convocados pelo Ministério Público para prestarem depoimentos.
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A mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, segundo levantamento do MP, teve participação fundamental nas manobras para atrapalhar as investigações, conforme consta na decisão do juiz, “o que deixa inequívoco que, em liberdade, poderia obstaculizar a apuração dos fatos, além de agir sob as ordens de Fabrício Queiroz”.
Um pedido de prisão contra ela também foi expedido, mas Márcia permanece foragida. No ato da prisão, Queiroz disse a equipes da Polícia Civil de São Paulo e do Ministério Público de SP que ela estava no Rio, como divulgado pelo Correio.
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