O governo federal informou, por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República, que a carta de demissão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub só foi entregue no último sábado (20/6), quando ele já estava nos Estados Unidos.
No entanto, em nota, a secretaria informou que na carta o ministro havia pedido que a exoneração contasse desde a sexta-feira (19/6), data em que ele deixou o país. Esta é a explicação que a secretaria deu para a mudança na data de exoneração do ministro no Diário Oficial da União (DOU).
No sábado, o governo publicou em edição extra a demissão de Weintraub, contando a partir daquela data. A publicação foi feita pouco antes do meio-dia, quando o Weintraub já estava em solo norte-americano.
Nesta terça-feira (23/6), no entanto, em decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no DOU, houve a alteração da data da exoneração, valendo a partir do dia 19, sexta-feira.
Conforme a secretaria, a carta foi entregue no dia 20, mas a entrada oficial do documento no órgão ocorreu na última segunda-feira (22). "Na carta, o então Ministro da Educação solicitou exoneração do cargo a contar de 19 de junho de 2020, motivo pelo qual o ato foi retificado", pontuou, em nota.
Pasta não respondeu sobre missão oficial
O Correio questionou se o ex-ministro entrou no país em missão oficial, em posse do passaporte diplomático, mas não houve resposta a este questionamento. Ele anunciou a saída da pasta na quinta-feira (18/6).
Weintraub é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). A saída do país gerou grande polêmica, uma vez que a exoneração só foi publicada depois que o ex-ministro utilizou o cargo para conseguir entrar nos Estados Unidos.
Saiba Mais
Ou seja, ele ainda era visto como ministro. Weintraub entrou nos EUA mesmo com a restrição de entrada de brasileiros naquele país, desde o fim de maio, devido à pandemia do novo coronavírus. Mas a restrição não atinge membros do governo federal.
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