Correio Braziliense
postado em 23/06/2020 17:57
O governo federal inaugurou na tarde desta terça-feira (23/6), o Centro de Operações Espaciais (Cope), em Brasília. A partir de agora, a instalação funcionará como sede de controle do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Lançado em maio de 2017, ele é o primeiro satélite brasileiro e tem uso dual (civil e militar). Ao mesmo tempo que possibilita acesso à conexão de banda larga em todos os locais do país, o equipamento permite tramitar informações afetas às áreas de defesa e governamental.
A cerimônia de inauguração aconteceu no Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). O presidente Jair Bolsonaro compareceu ao evento, mas não discursou. Outras autoridades do governo, como o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, também estiveram na inauguração.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), que é a responsável pelo desenvolvimento da área espacial no país segundo a Estratégia Nacional de Defesa, o Cope ainda terá a possibilidade de atender a diversos satélites geoestacionários e satélites de baixa órbita. A FAB classifica o centro de operações como uma “referência nacional e internacional pela complexidade e modernidade de suas instalações”.
“O prédio do Cope foi projetado para abrigar uma variedade de recursos que garantem a operação de equipamentos de rede, servidores e sistemas de telecomunicação, em um ambiente no qual as informações críticas são tratadas com confidencialidade, disponibilidade, integridade e autenticidade, para a continuidade do trabalho de diversas organizações militares e civis. Trata-se de uma instalação militar classificada como Missão Crítica, ou seja, um ambiente construído para evitar a paralisação dos serviços ou o comprometimento de dados”, detalhou a FAB.
O centro possui certificação TIER IV, que, segundo a FAB, é “a mais alta em relação à confiabilidade na operação de serviços de um data center e atesta uma infraestrutura com manutenção continuada de operação, com alta tolerância a falhas e capacidade de ultrapassar mesmo os piores incidentes técnicos”. “A certificação ainda representa uma disponibilidade de 99,9997% do tempo, sendo aceitável que fique inoperante por menos que seis minutos ao ano”, destacou a Força Aérea.
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