Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 06:00

É da terra que vai sair a recuperação do Brasil. Na recessão da Dilma, o agro atenuou o PIB e as contas externas; agora não apenas vai segurar, na beira do abismo, como também vai indicar o novo rumo, a vocação do país que tem espaço territorial, clima e tecnologia para ser um gigante na produção mundial de alimentos. E não é apenas o que vai para a nossa mesa; já podemos alimentar uma boa parte da população do planeta. Além disso, a agropecuária brasileira gera uma cadeia econômica que vai muito além de suas porteiras.
Imaginemos a indústria de veículos de carga, máquinas agrícolas, implementos, adubos, fertilizantes, combustíveis; a construção de silos e armazéns, além do processamento de alimentos, algodão, celulose, fibras – uma gama sem fim de produtos de origem vegetal e animal. Sem falar na exigência de mais infraestrutura de transporte e escoamento: rodovias, pontes, ferrovias, portos, navios, trens, mais aviões na exportação de frutas. Estimulam-se também os serviços, setores que tanto têm sofrido com a quarentena: comércio exterior, atacado e varejo. E os benefícios ao consumidor, com preço mais barato pelo alimento abundante, com reflexo na economia doméstica e nos restaurantes.
A pesquisa, a tecnologia, a biotecnologia, a ciência — mais vagas para técnicos e cientistas voltados à produtividade, às variedades, à genética vegetal e animal. A valorização das profissões no campo cada vez mais informatizado e conectado, os agrônomos, veterinários, operadores de máquinas, consultores de mercado… um mundo novo brota no solo do Brasil. Basta que governos não atrapalhem, protejam o direito de propriedade, e que o agro e seus representantes políticos, no Congresso, nas assembleias e câmaras, estejam à altura do poder e da oportunidade que estão recebendo nesta pandemia.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.