Politica

MP tenta encontrar esposa de Queiroz

Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 04:04
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou ontem uma operação para tentar encontrar a esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar. Ela está foragida desde a última quinta-feira, quando Queiroz foi preso em uma chácara em Atibaia (SP). Márcia não foi localizada no estado mineiro. A operação, feita a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, foi em conjunto com a Polícia Militar de Minas.

Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel de Frederick Wassef, que representava o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-EJ) até poucos dias atrás e dizia, ainda, ser advogado ao presidente Jair Bolsonaro. Ele deixou, no entanto, a defesa de Flávio, no esquema da rachadinha. No momento da prisão, ao ser questionado sobre o paradeiro de Márcia (que também tinha um mandado de prisão), Queiroz disse que ela estava no Rio de Janeiro.

Ontem, as buscas ocorreram em casas de familiares de Queiroz em Minas. A defesa ingressou na Justiça do Rio de Janeiro com um pedido de habeas corpus para Márcia na última segunda-feira. Advogado de Queiroz e de Márcia, Paulo Emílio Catta Preta disse que até o momento a mulher não entrou em contato com ele. O defensor afirmou, ainda, que continua sem saber o paradeiro de Márcia de Aguiar.

A mulher de Queiroz, segundo denúncia do MP-RJ, teve participação fundamental nas manobras para atrapalhar as investigações, conforme consta na decisão do juiz, Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo o magistrado, a atuação de Márcia “deixa inequívoco que, em liberdade, poderia obstaculizar a apuração dos fatos, além de agir sob as ordens de Fabrício Queiroz”. Na decisão que determinou a prisão de Queiroz e de Márcia, o juiz cita, ainda, que no decorrer da investigação o MP observou que Queiroz teria atuado “de forma sistemática para embaraçar" a investigação, orientando funcionários a não comparecer quando convocados pelo MP a prestar depoimento.

A investigação também mostrou que Márcia manteve contato com o miliciano Adriano da Nóbrega por intermédio de sua mãe, Raimundas Veras Magalhães. Adriano foi morto em fevereiro deste ano em uma ação registrada como confronto contra a polícia, na Bahia, durante operação que busca aprendê-lo. A ex-mulher e a mãe do miliciano Adriano da Nóbrega, Danielle Mendonça e Raimunda, respectivamente, trabalharam no gabinete de Flávio.

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