A atriz Regina Duarte, ex-secretária nacional de Cultura, está sendo processada por apologia da tortura pela jornalista e advogada Lygia Jobim. Lygia é filha do diplomata e jornalista José Jobim, que foi torturado e morto pelo governo militar em 1979, durante o período da ditadura, enquanto investigava a corrupção na construção da Usina de Itaipu para escrever um livro.
A informação sobre a ação judicial de Lygia contra Regina Duarte foi noticiada inicialmente pelo jornal Folha de São Paulo. Em entrevista à CNN Brasil no dia 7 de maio, Regina Duarte minimizou os crimes do governo militar.
“Bom, mas sempre houve tortura, sempre houve... Meu deus, Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Se a gente for trazendo mortes, arrastando esse cemitério... Desculpe, mas não, não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas. Eu não desejo isso para ninguém. Eu sou leve, sabe? Eu estou viva, estamos vivos, vamos ficar vivos. Por que olhar para trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões”.
Além de Regina Duarte, Lygia está processando também o Governo Federal. Na ação judicial, ela exige uma retratação pública de Regina, além de indenização de R$ 70 mil por danos morais. Lygia afirma que, se vencer o processo, irá doar todo o dinheiro para o Instituto Vladimir Herzog para o Instituto Marielle Franco.
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