Politica

"Escolha muito difícil", diz Bolsonaro sobre vaga de ministro da Educação

"Minha opção foi Decotelli pela experiência e currículo extenso", disse

Correio Braziliense
postado em 25/06/2020 19:38
O presidente Jair Bolsonaro comentou na transmissão da live desta quinta -feira (25/06) sobre ter nomeado Carlos Alberto Decotelli como o novo ministro da Educação. O chefe do Executivo disse que a escolha foi “muito difícil”.

“A escolha foi muito difícil. Quatro pessoas excepcionais que se apresentaram, entre elas um jovem, um secretário, Renato Feder que faz um brilhante trabalho como secretário estadual de educação do Paraná. Parabéns Ratinho Júnior por ter alguém assim na equipe”, apontou.

Bolsonaro ainda continuou: “Minha opção foi Decotelli pela experiência e currículo extenso. Foi uma escolha muito difícil pois todos os quatro tinham currículo excepcional. Boa sorte Decotelli”, concluiu.

O anúncio da nomeação do novo ministro ocorreu por meio das redes sociais do chefe do Executivo.

 “Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de Ministro da Educação. Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, escreveu Bolsonaro.

O nome escolhido não estava na lista das apostas até então elencadas pelo presidente, que passou as últimas semanas sabatinando candidatos. Decotelli foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde) na gestão de Bolsonaro entre dezembro de 2018 e agosto de 2019.

O próprio Decotelli afirmou ter sido pego de surpresa com o pedido de Bolsonaro, mas de pronto atendeu ao chamado. 

"Eu estava dando aula ontem, tive aula, e fiz hoje a reunião. Fui pego de surpresa", disse Decotelli, em entrevista a jornalistas. Segundo ele, Bolsonaro pediu que continuasse a gestão realizada no FNDE. O novo ministro destacou que, diferente do que vinha sendo feito no MEC, ele ‘não possui competência para fazer adequação ideológica’ e que investirá no diálogo.

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"O que ele [Bolsonaro] pontuou foi, primeiro: fazer uma gestão voltada para a educação da sociedade brasileira, conforme o marco regulatório da educação. Em segundo lugar, fazer o melhor diálogo com as entidades representativas da educação, as universidades federais, os centros técnicos. Melhor diálogo também com entidades de classe. Todos aqueles que querem fazer o melhor pela educação brasileira. Então, diálogo, gestão e integração operacional", descreveu

Decotelli completou: "Fui presidente do FNDE no ano passado, do início do governo até agosto, e lá apliquei gestão integrada e bom relacionamento com as entidades da educação brasileira. É isso que foi pedido: que o que foi feito no FNDE no ano passado se estenda à gestão do MEC".

Feder

Um dos fortes candidatos ao cargo era o secretário estadual de educação do Paraná, Renato Feder. Por outro lado, pesou que o também empresário do setor de tecnologia tenha sido um dos maiores doadores na campanha de João Doria em 2016, destinando R$ 120 mil ao tucano, principal desafeto político do presidente.

O filho número “02” do presidente da República, Carlos Bolsonaro, também era contra a indicação de Feder. Na avaliação de Carlos Bolsonaro, “não é hora de nomear aliados de inimigos do governo”. O presidente cedeu às vontades do filho e ligou para Feder, que aguardava a resposta de Bolsonaro ainda em Brasília, para avisar que ele não havia sido escolhido, mas que gostaria de manter a amizade.

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