Politica

Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 28/06/2020 04:13


Deu ruim e ficou pior

Como se não bastasse a exposição decorrente da presença do ex-assessor Fabrício Queiroz em sua propriedade, o advogado Frederick Wassef ainda teve problemas em casa. Cristina Boner, sua ex-mulher, que trabalhou a vida toda e ainda trabalha, não se conforma de ver seu nome enroscado nessa história.

Cristina, que vem de uma família de empreendedores radicada em Brasília, considerava que, a esta altura da vida, próxima dos 60 anos, teria paz. Em desabafo a amigos, tem dito que, graças a Wassef, viu o escândalo respingar sobre seu trabalho. Da mesma forma que políticos ligados aos Bolsonaro aconselham o presidente a ficar longe do advogado, a empresária tem dito a Wassef que deixe de fazer tudo para os Bolsonaro, que, até agora, não tiveram um só gesto de gratidão para com o amigo. A vida de Wassef, realmente, não está fácil.




Nem tudo está perdido
Entre os aliados de Bolsonaro, a aposta é de que, se a economia se recuperar, as agruras de Flávio Bolsonaro e os inquéritos e ações em curso não vão impedir a reeleição do presidente da República. Num país em que duas semanas é longo prazo, os mais tarimbados da política preferem esperar mais algum tempo antes de apostar todas as fichas na reeleição.



Muito esquisito
Ao dizer que Fabrício Queiroz estava ameaçado de morte, Frederick Wassef deixou, em muitos investigadores, a impressão de que monta uma história preventiva para afastar os Bolsonaro de qualquer coisa que venha a acontecer com o ex-assessor do senador Flávio.



PT dobra a aposta
Depois de votar contra o marco regulatório do saneamento, o Partido dos Trabalhadores vai defender o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 por 12 meses. O governo prepara-se para dizer que a proposta dos petistas é apenas para desgastar o governo, uma vez que não votam em nada que possa incrementar o caixa da União — por exemplo, o projeto do saneamento.



Por falar em auxílio…
É a grande briga da temporada. E com as campanhas das eleições municipais à frente, cada um vai tentar cavar um discurso aí. O governo vai apostar no discurso da responsabilidade, para não comprometer as despesas com saúde e educação, por exemplo. Já a oposição quer estampar na testa de Jair Bolsonaro e apoiadores a pecha da insensibilidade com o social neste momento difícil. O eleitor que faça a sua escolha sobre quem está certo.





Curtidas

Tereza Cristina, a vice/ A fala do presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, sobre manter a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (foto), no cargo por 20 anos, fez acender a luz da desconfiança no DEM. Suspeita-se de que, se o vice Hamilton Mourão for candidato ao Senado no Rio Grande do Sul, Tereza seria o nome para vice em 2022.

Primeiro reflexo/ Com a suspeição, veio também a desconfiança de que a inclusão de Tereza no rol dos vices serviria para estancar os movimentos do DEM em testar Luiz Henrique Mandetta como pré-candidato a presidente da República. Até aqui, a pandemia da covid-19 segue a trajetória que o ex-ministro traçou em março.

Damares na área/ Os bolsonaristas olham com esperança para a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. A aposta é de que ela tem condições de se eleger deputada federal pelo estado que escolher.

Estações separadas/
O presidente Jair Bolsonaro tem se mantido afastado das manifestações, e isso começa a incomodar aqueles seguidores mais radicais, que consideram a nova postura do chefe do Executivo um abandono do conservadorismo. Essa turma confunde conservadorismo com a pregação do fim dos poderes constituídos do regime democrático, como o Congresso e o STF.





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