Correio Braziliense
postado em 08/07/2020 04:13
O Palácio do Planalto tem passado por desinfecções periódicas, que inclui a limpeza de móveis e ambientes com álcool líquido e outros produtos de limpeza. Os funcionários que atuam nos serviços gerais foram orientados a intensificar os períodos de higienização do ambiente ao longo dos dias, e 484 recipientes de álcool em gel foram distribuídos pelo prédio que abriga o presidente da República durante o trabalho. Entre os servidores, existe a orientação para o uso constante de máscaras e do respeito ao distanciamento social.
As chefias adotaram o rodízio de funcionários, para evitar aglomerações nas salas de trabalho. No entanto, mesmo assim, 108 servidores, dos 3.400 no total, testaram positivo para coronavírus, até 3 de julho, de acordo com nota do Planalto. Desse grupo, 77 já se recuperaram e 31 ainda estão recebendo acompanhamento médico. Nenhum óbito foi registrado até o momento na equipe que atua diariamente nas atividades da Presidência. Mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves, segundo o comunicado.
Uma reclamação dos servidores é de que quem teve contato com pacientes que testaram positivo para covid-19 continuam trabalhando, gerando risco de que a doença se espalhe ainda mais. O Planalto informou que “nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame”. São afastados os que apresentam sintomas, como febre e tosse persistente.
Não existe previsão de retorno ao trabalho para quem está cumprindo trabalho remoto. O temor é de que uma eventual disseminação generalizada do vírus paralise as atividades técnicas da cúpula do governo.
O protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias apontam que os infectados e quem teve contato com eles devem, imediatamente, entrar em isolamento social. “Ou seja, se afastar das pessoas, usar máscaras, cuidar da higiene com rigor e ter sempre à mão álcool em gel. Significa que todos que tiveram contato com o presidente, já que ele testou positivo para a covid-19, deveriam se afastar do trabalho. Todos. Servidores e também jornalistas”, explicou Francisco Cardoso, presidente da Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP).
"Não há protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da OMS (Organização Mundial da Saúde), que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos”
Trecho da nota da Secretaria-Geral da Presidência da República
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