Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 04:03
O presidente Jair Bolsonaro criticou o Facebook por ter derrubado páginas ligadas à família dele. Segundo o mandatário, há uma perseguição contra ele e aliados. Além disso, reclamou que a empresa nunca se preocupou em tirar do ar perfis que propagam conteúdos de ódio contra ele.
Em live na noite de ontem, Bolsonaro apresentou uma série de papéis com frases e imagens de publicações no Facebook que defendiam a sua morte.
“Estão dizendo que, nas páginas da família Bolsonaro, assessores ganham dinheiro público para promover o ódio. Eu desafio essa imprensa que fica dando espaço para isso que me aponte um texto meu de ódio. Apontem uma imagem minha de ódio. No meu Facebook, no dos meus filhos. Não tem nada. Zero. Por que essa perseguição?”, protestou.
“Me apresente um texto que tenha saído do meu Instagram, do meu Facebook, ou outra mídia social qualquer, batendo no Legislativo, no Judiciário. Seja onde for, não existe isso. É lamentável o que vem acontecendo.”
Na quarta-feira, o Facebook retirou do ar contas e páginas que propagavam notícias falsas e eram vinculadas ao PSL e a funcionários dos gabinetes do chefe do Palácio do Planalto, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais pelo PSL do Rio de Janeiro Anderson Moraes e Alana Passos. A empresa justificou a decisão devido a “comportamento inautêntico coordenado” por parte dos perfis.
A base aliada do governo repudiou duramente o Facebook. Uma das críticas mais fortes, porém, partiu de outro filho do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) — suspeito de liderar o chamado gabinete do ódio, centro de mobilização digital criado para defender o pai dele. Ele disse estar “c.” para o combate à produção de notícias falsas, o que caracterizou como “lixo”. Em publicação nas redes sociais para condenar a decisão da empresa, o filho “02” também fez algumas declarações enigmáticas e prometeu “surpresas” para quem faz oposição a ele e ao pai.
Presidente “evolui bem”
A assessoria do Palácio do Planalto informou, ontem, que o presidente Jair Bolsonaro, diagnosticado com covid-19, “evolui bem, sem intercorrência”. “Ele apresenta boas condições de saúde e continua sendo acompanhado, conforme rotina, pela equipe médica da Presidência da República”, disse, em nota. Devido ao tratamento com hidroxicloroquina — mesmo sem comprovação científica da eficácia do medicamento contra a doença —, o chefe do Executivo tem feito exames cardiológicos diários para monitorar qualquer tipo de efeito colateral devido à ingestão da substância.
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