Politica

Ministro Gilmar Mendes diz em tréplica que não ofendeu Forças Armadas

Nota divulgada pelo ministro do STF reafirma preocupação com atuação durante pandemia, mas reduz o tom das críticas

Correio Braziliense
postado em 14/07/2020 12:40
Nota divulgada pelo ministro do STF reafirma preocupação com atuação durante pandemia, mas reduz o tom das críticas O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mende voltou a comentar a divergência com as forças armadas nesta terça-feira (14/7). Em nota publicada pela manhã, Mendes diminuiu o tom, mas manteve as críticas à atuação das Forças Armadas no Ministério da Saúde durante a pandemia. Ele ressaltou que é preciso “juízo crítico sobre o papel atribuído às instituições de Estado no enfrentamento da maior crise sanitária e social do nosso tempo”.
 

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“Ao tempo em que reafirmo o respeito às Forças Armadas brasileiras, conclamo que se faça uma interpretação cautelosa do momento atual”, começa o texto. “Nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde. Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela covid-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas”, continua.
 
Por fim, o ministro se defende dizendo que “a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde”. 

Entenda a discussão

No sábado (11/7), o ministro participou de live da revista IstoÉ e disparou críticas à atuação do Exército no Ministério da Saúde durante a pandemia. “É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso.” Foi uma das falas. 
 
Mais tarde, pelo perfil do Twiiter, Mendes reforçou os comentários. Em uma postagem que homenageava o Projeto Rondom, ele emendou “Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais”. 
 
As falas renderam diversas reações do governo e das Forças Armadas, inclusive do vice-presidente Hamilton Mourão que disse que Mendes “passou a linha da bola” e “forçou a barra”. Confira a cobertura completa do caso.
 

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