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Tirar garimpeiros de terras indígenas não é tão simples quanto tirar camelôs da rua, diz Mourão

Vice-presidente da República afirma que operação em Roraima é complexa e precisa ser estudada

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta quarta-feira (15/7) que o governo está estudando e debatendo como realizar uma operação contra garimpeiros em terras indígenas em Roraima, região norte do país. Mourão afirmou que a atividade ilegal na terra indígena de povos Yanomamis é recorrente e vem sendo explorada há 30 anos, por vezes aumentando ou diminuindo as ações. 

“Existe uma determinação da Justiça solicitando que se apresente um planejamento para a retirada desses garimpeiros, que não é um processo simples. O meu dileto instrutor, general (Augusto) Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional - GSI), fez uma observação muito clara: tirar garimpeiros de lá não é a mesma coisa que tirar camelô da Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro. É uma operação complexa. Então, isso está sendo estudado e debatido, aguardando as decisões finais”, afirmou.

De acordo com o vice-presidente, esta exploração “faz parte até da vida econômica da região daquele estado”, e aumenta de acordo com o preço do ouro, que subiu neste ano. Além disso, Mourão remete também o aumento à situação da pandemia do novo coronavírus, com redução de atividades econômicas e desemprego que “leva muita gente a buscar uma forma de ganhar a vida e poder sustentar a sua família”. 

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“Estou colocando isso aqui como as condicionantes que levam a que grupos de garimpeiros adentrem a terra indígena yanomami, notadamente dentro do eixo dos rios Mucajaí e Uraricoera, onde estão estabelecidos esses garimpos”, afirmou. As informações foram repassadas pelo vice-presidente em entrevista coletiva após segunda reunião do Conselho da Amazônia Legal.