Politica

NYT publica vídeo de youtuber criticando Trump e Bolsonaro

Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 04:06
Entre os fatos que Felipe lembra no vídeo está a defesa que Bolsonaro já fez da tortura

O jornal norte-americano The New York Times publicou, ontem, um vídeo em que o youtuber brasileiro Felipe Neto faz críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro. No site, o diário explica que “o sr. Neto não costuma comentar sobre política normalmente” e “prefere entreter seus 38 milhões de seguidores no YouTube com suas críticas bem-humoradas à cultura pop”. “Mas, conforme a quantidade de mortos aumenta, ele se torna mais franco. E a mensagem dele não é voltada apenas para os brasileiros –– também é para os americanos”, prossegue o texto da publicação.

Felipe conseguiu projeção criticando o governo Dilma Rousseff e era um entusiasmado defensor do impeachment da ex-presidente. Mas, desde que Bolsonaro assumiu, aos poucos foi se tornando uma das mais fortes vozes de oposição ao presidente nas redes sociais.

“Sou um youtuber brasileiro e crio vídeos engraçados, gerando opções de entretenimento para famílias ao redor do mundo. Mas, hoje, não estou aqui para fazer humor diante de uma plateia nova. E quando o palhaço precisa falar sério, você sabe que provavelmente o circo está pegando fogo”, se apresenta Neto.

Na sequência, Felipe opina que “Jair Bolsonaro é o pior presidente do mundo” em relação à forma de lidar com a pandemia do novo coronavírus. São exibidas, então, algumas declarações polêmicas que o youtuber acredita terem ajudado o político em sua eleição.

Felipe também compara a polêmica envolvendo um comício de Trump em Tulsa, no estado de Oklahoma, em 20 de junho, durante a pandemia, com diversas aparições públicas de Bolsonaro, como em uma ida à padaria, um passeio de jet-ski, e sua participação em manifestações. O youtuber cita a defesa da hidroxicloroquina pelo presidente, ressaltando que “não há evidência” do uso do medicamento contra a covid-19 e citando a imposição para que o Ministério da Saúde liberasse a substância para todos os pacientes.

Também é lembrado um trecho da polêmica reunião de Bolsonaro com ministros, em 22 de abril passado, na qual o presidente defendeu armar a população para evitar uma ditadura, também é exibido.

Em seguida, Felipe rememorou declarações de Bolsonaro durante a pandemia, conforme os números de mortes aumentavam no Brasil. Entre elas: “Não sou coveiro, tá?”, “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?” e que a morte é o “destino de todo mundo”.

Ao final, o youtuber opina que a “amizade” entre Trump e Bolsonaro é “crucial” para a popularidade do brasileiro. “Se você está pensando no que pode fazer para ajudar o Brasil a lidar com o nosso lunático, por favor, não reeleja o seu. Neste novembro, vote para manter Trump fora da Casa Branca”, pediu.



Republicano classifica Bolsonaro: “miniTrump”
Em entrevista ao site da Deutsche Welle, o diretor político do projeto Republican Voters Against Trump (Eleitores Republicanos contra Trump), Tim Miller, classificou o presidente Jair Bolsonaro como um “miniTrump”, que conseguiu administrar a pandemia do novo coronavírus pior do que o presidente americano –– cuja gestão tachou de “desastre absoluto em todos os sentidos imagináveis”. Sem citar a suposta amizade entre o brasileiro e o atual ocupante da Casa Branca, Miller prevê que a reeleição de Trump mergulharia os Estados Unidos num período de “intensa turbulência”. “Ele exacerbou ainda mais as tensões raciais neste país. É o primeiro presidente, durante a minha vida, que nem sequer tem tentado unir ou acalmar o país em um momento de divisão racial”, disse o ex-assessor de comunicação da campanha de Jeb Bush na corrida primária republicana de 2016 e que, no pleito que elegeu Trump, votou na adversária, a democrata Hillary Clinton.
 
 
 
 
 
 


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