O parlamentar é acusado de receber propina e foi alvo de uma ação da lava-Jato eleitoral de São Paulo. Mandados de busca foram expedidos contra o senador e deveriam ser cumpridos no apartamento funcional dele, e no gabinete, em Brasília. No entanto, a Polícia Federal foi impedida de entrar no gabinete pela Polícia Legislativa, que seguia determinações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Horas depois, atendendo a um pedido da Mesa Diretora do Senado, Toffoli suspendeu as buscas nas dependências do Senado. "Em 2019, o ministro Celso de Mello decidiu em sentido contrário à posição de hoje do ministro Toffoli, que proibiu o cumprimento de mandados no Senado. Para Celso, a tentativa de criar um “círculo de imunidade virtualmente absoluta” afronta o princípio republicano", escreveu Deltan.
Deltan continuou tratando do assunto em outras mensagens. "Se a moda pega": o mesmo argumento de Toffoli poderia ser utilizado contra buscas e apreensões em quaisquer lugares, pelo risco de prejuízo à atividade empresarial, judicial, advocatícia, ministerial etc., dignas de igual proteção, o que inviabilizaria a apuração de crimes", afirmou.