Politica

Covid freia viagens de Bolsonaro

Correio Braziliense
postado em 23/07/2020 04:15
Apesar de alardear benefícios da cloroquina, Bolsonaro segue com o vírus

O presidente Jair Bolsonaro testou positivo para a covid-19 no exame feito na terça-feira, segundo a Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações. O chefe do Executivo contava com um resultado negativo para “voltar à normalidade” e fazer viagens ao Nordeste. “O presidente Jair Bolsonaro segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República”, diz a nota.

O comandante do Planalto disse que tinha feito um novo exame e que a expectativa era de que desse negativo. Ele tinha previsão de viajar ao Piauí e à Bahia nos próximos dias. No Piauí, o chefe do Executivo deveria visitar o Parque Nacional da Serra da Capivara. Também existia a possibilidade de ele participar da entrega de uma adutora do Ministério do Desenvolvimento Regional, em Campo Alegre de Lourdes (BA).

Bolsonaro anunciou em 7 de julho que testou positivo para covid-19. Desde então, está em isolamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

Nas redes sociais, internautas ironizaram o fato de o presidente seguir doente, apesar de tomar hidroxicloroquina e fazer propaganda do medicamento para combater a covid. Estudos mostram que o remédio é ineficaz contra a doença e pode causar graves efeitos colaterais.


TCU questiona Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde gastou cerca de 30% do dinheiro prometido para enfrentar a covid-19 desde março, mostra auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). De R$ 38,97 bilhões reservados à pasta em ação do Orçamento sobre pandemia, foram pagos R$ 11,48 bilhões até 25 de junho. A partir desse levantamento, o tribunal determinou, ontem, que o ministério apresente, em 15 dias, a “lógica de financiamento” dos fundos estaduais e municipais e como definiu a estratégia de compras contra para a pandemia e documentos sobre planos de logística e distribuição de insumos. O TCU também determinou que, no mesmo prazo, o ministério reestruture comitês e gabinetes de crise. Procurado, o Ministério da Saúde disse que já respondeu ao TCU, mas não entrou em detalhes.





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