Denise Rothenburg
postado em 28/07/2020 06:00

O DEM, por exemplo ; que comanda a Câmara, com Maia, e o Senado, com Davi Alcolumbre ;, quer manter seu protagonismo nas negociações. Tanto é que, logo depois da derrota do governo na votação do Fundeb, Maia foi ao Ministério da Economia conversar com Paulo Guedes, num gesto para reforçar a necessidade de diálogo entre os Poderes. Mostrou que ainda está no jogo, embora tenha apenas mais seis meses como presidente da Câmara.
A saída do bloco indica ainda que, na Presidência do Congresso ou fora dele, o DEM não responde ao comando de Arthur Lira. Se o governo quiser dialogar com o DEM, terá de ser com os representantes do partido. O mesmo vale para o MDB, que tem o deputado Baleia Rossi como líder, presidente do partido e pré-candidato a presidente da Câmara em oposição a Arthur Lira. Com a eleição para presidente da Câmara cada vez mais próxima, nenhum grande líder partidário vai querer ser usado como recheio para a empada do vizinho. Cada um quer ter a sua própria fornada. E ser ;o cara; para negociar com o governo. Nesse cenário, resta a Bolsonaro o varejo. Partido por partido. Dá mais trabalho, mas é mais seguro do que comprar gato por lebre nas mãos de poucos.