Politica

Eduardo Bolsonaro compara movimento 'Vidas Negras Importam' com nazismo

Parlamentar publicou uma imagem de um jogador de beisebol que se recusou a fazer um ato em apoio ao movimento e comparou com foto de um alemão que não fez a saudação nazista

Correio Braziliense
postado em 28/07/2020 19:36
Parlamentar publicou uma imagem de um jogador de beisebol que se recusou a fazer um ato em apoio ao movimento e comparou com foto de um alemão que não fez a saudação nazistaO deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) fez uma publicação em sua página no Twitter na qual compara o movimento 'Black Lives Matter' (em português, vidas negras importam) com o nazismo. O parlamentar publicou uma imagem do jogador de beisebol Sam Coonrod, que na semana passada se recusou a se ajoelhar em campo em um ato de apoio ao movimento antirracista, com uma imagem de um alemão que não fez a saudação nazista.

"Num jogo de beisebol nos EUA, o jogador Sam Coonrod se recusou a fazer o ato quase humilhante de apoio ao black lives matter, movimento que espalha caos onde passa. A imagem lembrou o alemão August Landmesser, que corajosamente se recusou a saudar Hitler", escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro.

A imagem publicada pelo parlamentar é de fato do alemão August Landmesser. A doutora em antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Adriana Dias, que pesquisa sobre nazismo e neonazismo há 19 anos, explicou que ele foi identificado pela filha. Landmesser chegou a pertencer ao partido nazista, de Adolf Hitler, mas se casou com uma judia, foi expulso, preso e morto.

Saiba Mais

O jogador Sam Coonrod disse que não se ajoelhou porque é cristão. "Eu não penso que sou melhor que ninguém... Eu sou cristão, então eu só acredito que eu não posso me ajoelhar perante nada além de Deus", disse à NBC Sports. "Eu só não consigo aceitar algumas coisas que eu li sobre o Vidas Negras Importam; como eles se 'inclinam' para o marxismo", afirmou. 

O ato de ficar de joelhos é relativo ao movimento antirracista nos Estados Unidos. Este ano, o país vivenciou uma onda de protestos após a morte de George Floyd, um homem negro que foi sufocado por um policial branco no meio da rua. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags