O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub começa no cargo de diretor executivo do Conselho do Banco Mundial (Bird) na primeira semana de agosto, com salário de US$ 21,5 mil mensais (cerca de R$ 110 mil). Ele foi confirmado pela instituição em meio a duras críticas por ter ido para os Estados Unidos antes mesmo da publicação da exoneração no Ministério da Educação, em 18 de junho, e por responder a dois processos: é acusado de racismo contra chineses e de ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das fake news.
Ontem, Weintraub foi condenado a pagar indenização de R$ 50 mil por dano moral em uma ação movida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) pelas declarações de que “as universidades públicas têm extensivas plantações de maconha”. A decisão foi da juíza Sílvia Figueiredo Marques, da 26ª Vara Cível Federal de São Paulo.
No Banco Mundial, Weintraub será o representante do grupo de países chamado de constituency, integrado por Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago, que o elegeram. “O sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição”, comunicou o órgão, por meio de nota.
A instituição não informou se houve voto contrário à candidatura. Weintraub foi indicado em 17 de junho, pelo Ministério da Economia, para assumir uma diretoria executiva no Banco Mundial, após deixar a pasta da Educação, onde colecionou crises.
Também ontem, Arthur Weintraub publicou nas redes sociais que estaria “acompanhando” jornalistas críticos ao irmão e recolhendo “provas” para processar aqueles que se manifestarem contra a indicação do ex-ministro ao Banco Mundial.
Segundo fonte ouvida pelo Correio, Arthur Weintraub estaria de malas prontas para também desembarcar nos EUA. Assessor-chefe adjunto do presidente Jair Bolsonaro, ele mira a Secretaria de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA). A informação não foi confirmada pela entidade.
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