Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 15:11
Líder do governo na Câmara dos Deputados, o major Vitor Hugo (PSL-GO) comenta que a divisão de blocos devido às movimentações pela cadeira da presidência da Casa, que terá novo presidente em fevereiro do próximo ano, é um "fator a mais a ser considerado" pelo governo nas negociações por pautas prioritárias do Planalto, "mas não tem influência direta sobre o governo", segundo o parlamentar."É mais um fator a ser considerado. Muitas vezes, (o governo) tem que lidar com blocos diferentes, porque começa a sanear em torno de um candidato ou outro, mas é da política, faz parte", disse ao Correio na saída do Palácio do Planalto.
O líder esteve na manhã desta terça-feira (4/8) em reunião do ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), articulador do governo, e líderes de bancadas. O DEM, que saiu recentemente do chamado 'blocão', liderado por Arthur Lira (PP-AL), estava no encontro.
A pauta prioritária do momento é a medida provisória (MP) 946, que está na Câmara. O governo se preocupa com o texto aprovado no Senado, que amplia os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) durante a pandemia do novo coronavírus. A MP precisa ser votada até nesta terça, senão perde a validade.
Nas últimas semanas, o Centrão na Câmara vem se dividindo frente às movimentações pela presidência da Casa. Na última semana, o racha ficou ainda mais evidente com a saída do DEM e MDB do chamado 'blocão', grupo de partidos liderado por Arthur Lira (PP-AL) e que engloba legendas do Centrão.
Saiba Mais
O encolhimento do Centrão passa a ficar mais evidente - o que dificulta o trabalho do governo, que passa a ter que negociar com mais blocos e mais legendas, e não com um bloco único que tinha 221 deputados antes da saída do DEM e MDB.
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