Politica

Covid-19: Bolsonaro desdenha de vacina chinesa e critica Doria

Nesta quinta-feira (6/8), presidente assinou MP que libera R$ 1,9 bilhões para a produção no Brasil de 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus feita da Universidade de Oxford

Correio Braziliense
postado em 06/08/2020 18:57
Nesta quinta-feira (6/8), presidente assinou MP que libera R$ 1,9 bilhões para a produção no Brasil de 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus feita da Universidade de OxfordDurante a assinatura de uma Medida Provisória nesta quinta-feira (6/8) que liberou crédito de R$ 1,9 bilhões para a produção no Brasil de 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus feita pela Universidade de Oxford, o presidente Jair Bolsonaro reclamou do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por ter firmado acordo com um laboratório chinês para a testagem de outro tipo de imunização no país.

“O que é mais importante nessa vacina (de Oxford), diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país: vem a tecnologia pra nós. E junto com os meios que nós temos, nós temos como, realmente, dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, ao contrário daqueles que teimam em continuar na oposição desde 2018, dizer o contrário”, disse Bolsonaro.

Saiba Mais

A vacina criticada pelo presidente é a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biontech em parceria com o Instituto Butantan. No mês passado, o Brasil recebeu 20 mil doses da imunização. Em um primeiro momento, nove mil voluntários da área da saúde serão testados. Além de São Paulo, a vacina será distribuída no âmbito do estudo para o Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. 

A CoronaVac já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China nas fases de teste um e dois. Anteriormente, foi testada em macacos. No Brasil, o Butantan fará um ensaio clínico para verificar eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de respostas imunes ao coronavírus. 

O acordo assinado pelo Instituto Butantan e o laboratório Sinovac Biontech prevê imediata produção da vacina tão logo sua eficácia seja comprovada. Serão, inicialmente, 100 milhões de doses. Destas, 60 milhões ficarão no Brasil. As demais serão enviadas a Pequim. 

Nesta semana, Doria disse em entrevista à Globo News que se a imunização for aprovada nessa terceira fase de testes, ela pode começar a ser produzida em solo nacional em novembro. Além disso, o governador de São Paulo mantém o otimismo de que a CoronaVac possa estar disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de janeiro de 2021. 

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