postado em 23/09/2014 06:00
Pensando em empreender? Que tal ingressar no fabuloso mundo dos eventos. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoios às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o volume de recursos movimentado pela indústria de eventos no Brasil mais que quintuplicou em 12 anos. O segmento movimentou R$ 209,2 bilhões em 2013, o que representa uma participação do setor de 4,32% do PIB da economia brasileira. Os dados pertencem a um estudo inédito, que será lançado no dia 14 de outubro, pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil).De acordo com a pesquisa, o Brasil sediou 590 mil eventos em 2013. Destes, 95% foram nacionais e metade foi realizada na região Sudeste. Ao todo, eles reuniram 202,2 milhões de pessoas que gastaram, em média, R$ 161,80 por dia (o que somou gastos de R$ 99,3 bilhões).
O estudo também mapeou a estrutura disponível para os eventos no Brasil. O país tem 9.445 espaços para feiras, congressos e eventos de diversas naturezas que totalizam 10,2 milhões de metros quadrados e 9,2 milhões de assentos. A locação desses espaços gerou, em 2013, mais de R$ 37 bilhões. O aluguel de cada assento para reuniões e afins custa, em média, R$ 9,90 por dia. O preço da locação diária do metro quadrado para feiras e afins é de R$ 11,26. Os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro são os mais procurados para o aluguel de espaços.
A receita das empresas organizadoras de eventos aumentou 18 vezes, em 2013, se comparada a 2001. Ano passado, as mais de 60 mil empresas que organizam feiras, congressos e exposições lucraram R$ 59 bilhões e, em 2002, a receita delas não chegava a R$ 4 bilhões. ;Desde 2009 o Brasil está entre os 10 países do mundo que mais sediam eventos internacionais, de acordo com o indicador do International Congress and Convention (ICCA). Os dados mais recentes mostram que, em dez anos, o número de congressos e convenções de negócios internacionais realizados no Brasil cresceu 408%. Entre 2003 e 2013, o total de eventos internacionais passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que sediaram eventos internacionais subiu 145%, passando de 22 para 54 e ainda há muito espaço para o crescimento do setor;, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Oportunidade
Para a presidente da Abeoc Brasil, Anita Pires, as informações da pesquisa são fundamentais para o planejamento das empresas. ;A partir dos dados levantados, os empreendedores podem orientar investimentos, definir a ampliação dos negócios, ver os pontos fortes e fracos do mercado, onde pode haver demandas para novos negócios. Tudo isto é fundamental para a criação de políticas de mercado e de políticas públicas para o setor junto com o poder público;, afirma. Anita Pires ressalta que o dimensionamento é uma ferramenta que vai facilitar a sobrevivência das empresas e motivar o crescimento do setor, que cresce cerca de 14% ao ano.
As expectativas para os próximos anos para o segmento são promissoras. Os grandes eventos internacionais projetaram o Brasil no mundo e vão alavancar o mercado. Além disso, o aumento da renda do brasileiro faz crescer a demanda por eventos artísticos e culturais. O turismo de negócios e eventos é estratégico para o Sebrae desde 2013, quando a instituição fechou uma parceria com a Abeoc Brasil para qualificar a oferta dos serviços oferecidos por essas empresas, aprimorar a gestão dos empreendimentos e promover a certificação de micro e pequenas empresas do setor de eventos, que representam 94% do segmento.
Com informações da Agência Sebrae