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Reajuste nos preços assustam e pesam no bolso do consumidor brasileiro

postado em 29/06/2014 07:00
Os protestos populares de junho e julho de 2013 revelaram os anseios de um novo Brasil que emergiu das ruas. Vinte anos após a estabilização da moeda, já não é a ameaça da hiperinflação ou a falta de direito ao voto que causam incômodo à população. A cobrança é por serviços públicos de qualidade. Assolados pela segunda maior carga tributária entre países emergentes, os brasileiros cobraram transporte eficiente a um preço justo. Não é para menos. Em 20 anos, passagens de ônibus, trens e metrô acumularam reajustes superiores a 560%. Leia mais matérias sobre o especial Real 20 anos

Aperto ainda maior no bolso enfrentou o brasileiro que se desloca de carro diariamente. Nas duas últimas décadas, os preços dos combustíveis saltaram mais de 917% nas bombas. Enquanto isso, nas rodovias país afora, a falta de conservação e de sinalização das estradas dá corpo a um dos trânsitos mais violentos do planeta. A média brasileira é de 18 mortes em acidentes a cada 100 mil habitantes.

Símbolos

A ascensão de 40 milhões de pessoas à classe média deu uma nova cara ao país. Agora, em vez do chuchu, que simbolizava a hiperinflação, são os planos de saúde, a tevê por assinatura e o tomate os vilões. E cada um deles pesou mais no bolso do brasileiro.

O chuchu já não faz mais parte do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o parâmetro oficial da carestia no país. Em 20 anos, o legume ficou 251% mais caro. Já o tomate, que em 2013 assumiu o protagonismo das críticas do custo de vida, teve reajuste maior no período, de 437%.Símbolos do real, o frango e o iogurte também pesaram no bolso. Entre julho de 1994 e maio deste ano, acumularam elevações de 330% e 239%, respectivamente.

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