Chuí (RS) — Isolado e esquecido no extremo sul do país, o Chuí é o retrato de um Brasil que quer dar certo. Nos seis pontos de fronteira com o Uruguai, o município de 5,9 mil habitantes — entre legítimos gaúchos, uruguaios com dupla cidadania e imigrantes árabes — ainda espera pelo desenvolvimento de verdade.
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Vendas em free shops caíram 30% na fronteira do Brasil com o Uruguai Valorização do real quase minou o comércio do Chuí nos últimos anos Camelôs disputam clientes e mercado informal ganha força no Chuí Complexos de energia eólica devem ajudar a movimentar economia Legalização da maconha no Uruguai reduz apreensão da droga no Chuí
Quando o real foi lançado, em 1994, o Chuí era um distrito de Santa Vitória do Palmar. A autonomia veio três anos depois, mas, desde então, as principais transformações se restringem à consolidação dos requintados free shops do lado uruguaio. O município, de apenas 17 anos, ainda depende muito de repasses do governo para sobreviver. O varejo local, o campo e a prefeitura garantem o emprego dos moradores, que têm, em média, renda mensal de 1,5 salário mínimo (R$ 1.086).
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Embora os free shops estejam na Chuy com “y”, do lado uruguaio, é nas antigas lojas brasileiras que a maioria das pessoas encontra trabalho com mais facilidade. “Do lado de lá, os patrões não assinam carteira e empregam até menores. Pode tudo, pois não existe fiscalização”, afirma uma vendedora de 19 anos, recém-contratada no Uruguai.
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