Um time de profissionais de Brasília vai provar isso na mostra Morar Mais Por Menos, que ocorre de 22 de julho a 29 de agosto, e tem o Correio Braziliense como correalizador. Para amenizar o receio que muitos têm de procurar um arquiteto ou decorador, a mostra vai ambientar todos os tipos de cômodos com uma verba mínima, sem abrir mão da qualidade. O evento é feito em oito estados, mas em cada um busca um enfoque local. Logo, a escolha dos ambientes em Brasília leva em consideração o padrão de moradia do brasiliense: além de uma casa, o visitante poderá conferir flats, kits, apartamentos no padrão Plano Piloto e do tipo encontrado nas novas construções nas cidades ao redor.
;A primeira coisa que tivemos de adaptar para Brasília é que a classe média daqui tem um poder aquisitivo maior do que a das outras cidades;, explica Celso Faria, organizador da Morar Mais. ;Procuramos trabalhar essa ideia do sonho de consumo, mas em ambientes pequenos. Mesmo a classe A de Brasília, que mora à beira do Lago, vive em apartamentos menores, mesmo que tenha uma superestrutura.; Tanto o projeto da casa quanto o dos apartamentos e dos cômodos avulsos que estarão em exibição foram concebidos sob a condição de impressionarem até aos consumidores mais exigentes, tudo sem pesar no bolso.
Para montar um ambiente lindo sem muito custo, alguns decoradores partem de uma peça-chave mais cara e montam o resto do cômodo com produtos que são verdadeiros ;achados;. Alguns são comprados a preço de promoção; outros, fabricados pelos próprios profissionais. ;A nossa missão é fazer com que a pessoa olhe o ambiente e veja que isso pode ser viável para ele. Queremos mostrar que é com o profissional que você vai economizar, pois é um investimento que vale a pena;, assegura Celso Faria, organizador da Morar Mais.
Longe de ser um luxo, o profissional entende o que faz e economiza com planejamento e boas ideias. Pois é justamente o arquiteto quem vai comandar as caças às promoções, as negociações com os fabricantes e as instalações na busca do tão desejado barateamento da decoração. Mas é preciso, antes de tudo, se certificar de ele está disposto a aumentar as horas de dedicação ao projeto, mesmo com uma verba mais modesta. E nada de vergonha: logo no início das negociações o dono do imóvel deve abrir o jogo para o arquiteto e dizer o quanto pode gastar.
A falta de comunicação entre profissional e cliente é um dos maiores motivos de insatisfações depois do serviço pronto. ;Eu coloco o cliente para trabalhar comigo, mesmo que ele queira gastar. O essencial é essa parceria;, garante Tânia Fernandes, que este ano participa pela segunda vez da Morar Mais. A arquiteta não faz cara feia quando o cliente fecha a mão, desde que ele também esteja disposto a pesquisar e pechinchar com os fornecedores. ;Se for preciso, eu aproveito promoções ou busco materiais substitutos, mas de boa qualidade.;
Segundo Tânia, saber diferenciar um produto caro de uma boa compra é essencial. Quem investe em itens de longa durabilidade também pode dar um descanso para o bolso nas próximas decorações ; basta uma mão de tinta ou um novo estofado para transformar o antigo móvel em uma peça completamente nova. Além da vantagem de customizar o item para que ele combine perfeitamente com o novo ambiente, o custo cai consideravelmente, deixando a verba extra para alguns mimos, como móveis planejados ; parte mais cara da decoração. ;Se você economiza em certos pontos, pode ter alguns luxos, apresentar um certo requinte e não gastar muito.;