Por Luiz Prisco, especial para o Correio
No último ano, tive a oportunidade de morar em Rennes (localizada a 324km de Paris), na França. Lá, minha vida não conheceu carros. O meu meio de transporte pelas ruas francesas era a bicicleta. O melhor de tudo é que eu não precisei comprar uma bike, ela estava disponível para aluguel em vários pontos da cidade. A taxa do VéloStar não é salgada, custa 27 euros por ano, 2,25 euros por mês.
De bicicleta, gastava apenas 5 minutos para fazer o trajeto entre minha casa e a faculdade. Para ir ao supermercado, pedalava menos de oito minutos. O mais legal era voltar das baladas. Como de madrugada, os ônibus não funcionavam, as bikes eram, com perdão pelo trocadilho, uma ;mão na roda;. No frio, pedalar era ótimo para esquentar um pouco. Só não saia de camelo nos dias de chuva e neve.
A cidade toda parece ser feita para ajudar os ciclistas. Primeiro porque ela é plana. Segundo, os pontos de trocas são colocados em frente a todas as universidades e também nos principais pontos de diversão, como o maior cinema da cidade. Nas ruas, a civilidade domina, além de corredores específicos para bicicletas, carros e ônibus aceitavam dividir a pista com as bikes.
Outra coisa que me impressionou é a conservação das bicicletas. Elas ficavam lá na rua, pegavam chuva, sol e neve, mas estavam sempre limpas e com os equipamentos funcionado perfeitamente. É verdade que de vez em quando algumas unidades eram enviadas para manutenção. Todas as bikes contavam com três marchas, faróis e uma cestinha que era útil para colocar livros ou compras.